Raizonline - Jornal - Radio - Portal

O Inferno de Dante aos nossos olhos - Por António Carlos Affonso dos Santos - Acas

 

O Inferno de Dante aos nossos olhos - Por António Carlos Affonso dos Santos - Acas

 

A Cracolândia, lugar imaginário e real, era coberta pela névoa paulistana. Muitos barcos singravam tais «águas» turvas e vaporosas.

 

No comando de cada timão, apenas o destino. Os fluidos que sustentavam os barcos, misto de névoa e água pareciam de pouca densidade, porém assim mesmos os tripulantes, qual espíritos desencarnados, não tinham massa nem peso.

 

Os barcos deslizavam para lá e para cá, surfando na crista das pequenas ondas silenciosas, de um mundo fantasmagórico, pleno de gemidos de dor. Sob as pontes de águas turvas, seres humanos relegados à vida vegetativa, sucumbiam-se nas drogas.

 

Velhos casarões, qual barcos abandonados no Mar de Sargaços, estavam cheios de sombras que um dia foram gentes. Pessoas, como eu mesmo, desviavam daquela direção: era melhor não ver, para não se culpar.

 

Agora, velhos encouraçados que protegiam uma grande prole de desafortunados, vieram abaixo. A vergonha ficou exposta. O rei ficou nu! Nossa culpa por anos de afirmações virtuais, volta com força.

 

A prole de desafortunados, juntos com os cães pit-bulls abandonados, saem por aí, fazendo pequenos biscates e roubos, para manter o vício.

 

Leia este tema completo a partir de 12/3/2012

 



09/03/2012
3 Poster un commentaire

Inscrivez-vous au blog

Soyez prévenu par email des prochaines mises à jour

Rejoignez les 17 autres membres