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83 anos após Zeca

 

83 anos após Zeca

 

José Manuel Cerqueira Afonso dos Santos, conhecido por Zeca Afonso, nome com o qual assinava seus discos, nasceu em Aveiro a 2 de Agosto de 1929, e faleceu em Setúbal a 23 de Fevereiro de 1987.

 No passado dia 2 de Agosto, portanto, fizeram 83 anos que nasceu Zeca Afonso e no mesmo dia tinham passado 25 anos, 5 meses e 8 dias sobre a data do seu falecimento.

José Afonso em 1950. Foto retirada do livro «José Afonso - Um Olhar Fraterno», de João Afonso dos Santos, seu irmão.

Como não é muito usual referirem-se as datas dos nascimentos e comemorarem-se as mesmas, salvo as excepções conhecidas, pretendíamos ter colocado este texto, recolhido na Associação José Afonso (AJA) no nosso jornal que saiu a 6 de Agosto passado, o nosso numero 182, mas por razões de espaço e por necessidades de equilíbrio temático na organização do Jornal optámos por adiar esta publicação. Afinal não é assim tão relevante que se sigam as datas dos calendários porque é intemporal a memória.

 José Afonso calou-se a 23 de Fevereiro de 1987. Dele permanece a música, a poesia e as memórias daqueles que o conheceram.

 Por: Isabel Faria e Rui Chaves (FONTE: AJA)

 

Do homem para quem um amigo era «maior que o pensamento» ficaram mais do que belas canções. «Confesso que o que me marcou foi o calor humano. Ele estava sempre rodeado de gente e a possibilidade de se crescer com debates contraditórios, que ele promovia, sobre temas que envolviam a nata da música e da literatura, arquitectos, operários e pastores, foi um privilégio», recorda Helena Afonso.

 

A segunda dos quatro filhos de Zeca ainda se emociona ao falar do legado que supera em muito as ausências forçadas de um pai que, no tempo do antigo regime, decidiu cantar à esquerda. «O essencial era a transmissão através de afectos, conhecer pessoas, afastar o medo... Havia quem passasse lá por casa em períodos difíceis, na clandestinidade, e deixasse umas notas», diz.

 

 Vinte e cinco anos depois da morte, o cantor que se tornou o arauto da revolução de Abril ascendeu ao estatuto de lenda. A mensagem política superou o músico e o poeta. Mas essa faceta ficou nos mais próximos, que retêm na memória «a pessoa com enorme empenhamento humano, acentuada empatia pelos outros e sensível ao que se passava à sua volta».

 

O tio, «que tirava do frigorífico um caril de frango e comia sem aquecer, que passou uma fase vidrado na macrobiótica e recebia com imensa alegria na casa branca de Azeitão» influenciou o sobrinho João Afonso, o único da família que também seguiu a música.

 

 

Leia este tema completo a partir de 27/8/2012

 

 

 

 



24/08/2012
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