Raizonline - Jornal - Radio - Portal

A COLUNA DE JORGE M. PINTO - CASOS AO ACASO - DIVERSOS

 

A COLUNA DE JORGE M. PINTO - CASOS AO ACASO - DIVERSOS

 

 

Português de Portugal & Português (?) do Brasil ? Ou, mais efectivamente, Português & Brasileiro !

 Aí,... Aqui,... Lá ....Acolá,... E Aí ?

- No seu linguajar característico, o bahiano além de empregar com exagerada freqüência o «aí»???, que sai em qualquer altura em qualquer frase com inusitada constância, tem um vocabulário muito próprio, que a estranhos só a convivência vai ensinando.... As mais das vezes, é necessário mesmo meter tradutor.

 

Por exemplo: para pedir alguma coisa, a qualquer balcão, de qualquer tipo de loja, ao amigo, conhecido etc, fazem-no da seguinte forma:
- Tem pregos aí? - Me dá um cigarro aí ? - Vende esse carro aí ?
 Evidente que merecerá ouvir como respostas:
- Tenho, sim, mas os meus pregos, além de estarem alí, são de ferro, zinco, alumínio....
- Os meus cigarros são .....,....... ou........Vais aceitar, mesmo assim?
- O carro, não vendo (ou vendo) aí, aqui em qualquer ou lugar nenhum....

 

Das tais que «exigem tradutor» já fui confrontado com pelo menos duas situações perfeitamente lapidares :
 UMA – Qué arco... tárc’.ou qué qui mói ?
- Cuma ?
 OUTRA – Num bule nem trisca porque se não póca o v’rido sujo de calvão !
 (A grafia emprestada pretende estar o mais próximo possível ao som emitido. Nada tem a ver com coisa nenhuma senão com isso mesmo.)

 Tradução:

 

DE UMA – Quer álcool... talco... ou quer que molhe ? (Pergunta o barbeiro após escanhoar o cliente. Sem entender perfeitamente, este pergunta: - - Como ?).

 

DA OUTRA – Não mexe nem toca porque senão quebra o vidro sujo de carvão !

 OBS: O póca empregue no 2º caso, tem o significado de partir, quebrar, e constituiu-se no neo-verbo regular «Pócar» da 1ª conjugação. Com as flexões normais deste tipo de palavras, diz-se póca, pócar, pócou, vai pócar por substituição de pócará ( Iiiiiiiii, onde cheguei!. Melhor é parar por aqui, antes que saia asneira !)

 

Julgo, entretanto, saber qual seja a proveniência do neologismo.
 Pelo que entendo, a palavra terá nascido do vulgar ESPOCAR (o mesmo que pipocar, estourar, explodir) que se emprega mais frequentemente ao se falar de foguetes - (fogos de artifício!).
Por comodidade e sintetização, partindo de ESPOCAR ou de PIPOCAR , e por simples abreviação se tez o «pócar». Será ?

 

Já o paulista usa o «lá» com a mesma doentia insistência com que o bahiano emprega o «aí».
Há dias, os torcedores não sei já de qual claque de futebol, por fúteis razões, teriam sido espancados por guarda(s) metropolitano(s) – ou do metropolitano -. Vi e ouvi um garoto de 16 alentados anos, mostrar às câmaras de TV alguns dos hematomas que «ganhara» nas costas braços e pernas, assim relatar o ocorrido:

 

Leia este tema completo a partir de 24/9/2012

 

 

 

 



22/09/2012
0 Poster un commentaire

Inscrivez-vous au blog

Soyez prévenu par email des prochaines mises à jour

Rejoignez les 17 autres membres