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A Ilha da Cova da Moura - Uma ilha com pessoas boas

 

A Ilha da Cova da Moura - Uma ilha com pessoas boas
 
Texto: Henrique Ribeiro
Fotografia do Realizador: João Manuel
Fotografia do filme: Real Ficção


Rui Simões é um realizador que tem produzido, nas últimas quatro décadas, os mais importantes documentários do cinema português, como Deus, Pátria, Autoridade ou Bom Povo Português. O seu último filme estreou em Maio de 2010 no circuito comercial. A Ilha da Cova da Moura fala das pessoas deste bairro, perigoso para uns e muito interessante para Rui Simões. No som das Palavras de 10 de Abril na Rádio Raizonline e com repetição a 14 de Abril, Rui Simões falou de si e do filme.
 
Nasceu em 1944 em Lisboa. Um homem simples, com uma muito especial visão do mundo, sempre empenhado em causas. Com os seus filmes procura «Mudar um bocadinho o mundo». Participou no Maio de 68 e foi um dos fundadores da Secção Portuguesa da Amnistia Internacional. Chegou profissionalmente ao cinema fora de Portugal, na Bélgica, como fotógrafo de cena.
 
Em Portugal, após o 25 de Abril realiza várias curtas-metragens e em 1976 estreia a sua primeira longa-metragem, Deus, Pátria, Autoridade, sobre os dogmas do salazarismo e o início da Revolução dos Cravos, que é ainda hoje um filme de referência sobre o fascismo e a liberdade em Portugal com prémios em vários festivais, entre os quais o 1º Prémio do Público e Prémio da Crítica para o melhor filme na 4ª Mostra Internacional de Cinema de S. Paulo, no Brasil, em 1980.

Seguem-se muitos outros filmes de sucesso porque Rui Simões não pára. Ilha da Cova da Moura estreou em Maio de 2010 e já está em preparação Kolá San Jon é festa di Kau Berdi com imagens recolhidas em Cabo Verde.

 

Um dia Rui Simões viu na televisão a notícia de um alegado arrastão em Carcavelos feito por jovens oriundos da Cova da Moura, bairro de génese ilegal do concelho da Amadora onde moram seis mil pessoas vindas de várias partes do mundo, mas com grande percentagem das ex-colónias portuguesas. Mais tarde, foi desmentido que tivesse havido tal arrastão.

 

Este episódio deixou em Rui Simões a vontade de filmar na Cova da Moura «Local privilegiado para poder observar como é que estas pessoas transportam as suas culturas quando imigram, as manifestam nos locais onde estão a viver e como é que isso cria depois um conflito com as populações que moram á volta, conflito esse que era a imagem dominante nas televisões».

 

Leia este tema completo a partir de 18/04/2011



17/04/2011
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