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A menina do baloiço - Reflexão de Michel Crayon

 

A menina do baloiço - Reflexão de Michel Crayon

 

 

Todos nós, mesmo aqueles que o não confessam, gostam de recordar a infância e por acaso e mesmo sem ser por acaso apenas se recordam os bons e os mesmo maus momentos. Uma diferença essencial se coloca aqui, que é uma coisa que faz parte do recôndito comportamento da nossa psique: os bons momentos que recuperamos vivem em dois campos distintos da nossa memória conforme explico em seguida.

 

Há os momentos mesmo bons, aqueles que são verdadeiramente inesquecíveis, aqueles que nos marcam ainda e que entram por vias travessas no nosso presente, ainda que de forma alegórica ou apenas como memória enquadradora de comportamentos que vamos tendo ainda hoje e os momentos que tendo sido bons (ou que pelo menos não foram maus) apenas despertam do seu limbo vivencial quando algo se passa neste nosso tempo que faz a devida ligação entre esse momento e o acontecimento presente.

 

O despertar dessas recordações é assim como que um momento mágico que nos faz sentir como que renovados e nos faz enriquecer o nosso presente momento com uma comparação com factos passados na nossa infância, mas não só.

 

E não só porque a recordação da infância, nestes casos, supera a riqueza do momento presente e transporta-nos para uma visão mesclada desse momento presente com uma forte componente memorial. Aquilo que nos acontece hoje não deixa de ser visto nos seus limites actuais, mas a prevalência da actividade cerebral é dada à imagem que temos passada na nossa infância.

 

Muito pouca gente repara nisso, é preciso estar preparado para pensar e sobretudo é preciso gostar de pensar e não fazer disso, do pensamento, um género de profissão, uma coisa deslavada sem sentimento nem gosto, quase científica, sem a componente afectiva que tanta falta faz.

 

Ora, depois deste longo intróito vamos à menina do baloiço: coisa simples, que mereceu neste caso um excurso alongado porque não interessa saber sobre aquilo que se reflecte mas sim interessa o resultado da reflexão, a forma, o empenhamento...pode reflectir-se sobre as coisas mais insignificantes (que não é o caso agora!) desde que a reflexão seja rica ou que pelo menos o tente ser.

 

Leia este tema completo a partir de 27/06/2011

 

 

 



25/06/2011
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