A minha twilight zone
A minha twilight zone
Amanheceu frio o dia. Luminoso, céu azul com nuvens à Simpsons, embrulhado num vento fresco e cortante que assobiava na baía. Ao virar de uma curva deparo-me com um vulto que rasteja na berma da estrada.
Paro e pasmo perante a indiferença da rua; como se zombies fossem e de um vulto invisível se tratasse. Arrastava-se, puxando com os braços o corpo de pernas estendidas, num gesto de comando suado em centímetros. Ligo para amigo: ouve lá, o que faço? Treme-me a aflição na voz; desarticulo o que vejo.
Vem à esquadra aqui ao lado de casa, diz-me ele.
Mudam-se turnos na esquadra mas o comandante quer mostrar serviço. Não esperam nada pá! Vão já com a senhora que temos ali uma situação. Metem-se os três numa carrinha que segue atrás de mim em tons de emergência. Duas ruas à frente lá está o vulto, inexistente, agora encostado a um muro.
Aponto, é aquele senhor. Olham-me os três com ar de consternação. Oh minha senhora, então a senhora não vê que ele é demente? Eu incompreendo. A gente conhece-o!
é um louco. Dorme ali ao fundo daquela rua lá, quando se vira ansim (faz o gesto à esquerda com a mão). Costuma passar ali na esquadra, damos-lhe água e umas bolachas.
Leia este tema completo a partir de 25/6/2012
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