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A MINHOCA VERDE - Conto Infantil de Cremilde Vieira da Cruz 

Um dia destes, quando eu dava um passeio de carro à volta da Ilha da Madeira com umas pessoas amigas, bem perto de Câmara de Lobos vi uma casa muito bonita, mas abandonada. A volta da casa, havia ervas enormes que quase a cobriam, o que era uma pena.

- Pára, pára!... - Disse à Luísa que conduzia o carro - Olha aquela casa tão bonita! Que pena estar abandonada e coberta de ervas! Ih, tantos passarinhos!!!... E como cantam!...

- A casa é linda! - Exclamaram os meus amigos.

- E se fôssemos lá dentro?! - Sugeri - Os meus amigos olharam uns para os outros, riram-se e disseram:

- Coitada, está maluquinha!... Que quererá ela ir fazer lá dentro? Deve haver bicharada sem conta - baratas, ratos, aranhas... - Porém, como se costuma dizer que «Os malucos não se devem contrariar», façamos-lhe a vontade.

 A porta da casa estava totalmente aberta e havia teias de aranha dependuradas do teto. Fazia pena, aquela casa tão bonita estar tão degradada. Era enorme, tinha três andares e no rés-do-chão, ao fundo, à direita, havia uma escada que dava acesso aos andares superiores.

 Como no rés-do-chão não havia nada, estava completamente vazio, dirigi-me à escada e comecei a subir. Os meus amigos que também estavam com curiosidade, seguiram-me os passos, embora continuassem a chamar-me maluquinha.

Quando chegámos ao primeiro andar, ficámos boquiabertos:

 As paredes estavam repletas de quadros lindíssimos, mas cobertos de pó e de teias de aranha.

- Que pena!... Como é possível abandonarem-se obras de tanto valor?! - Exclamámos todos, quase ao mesmo tempo - De certo, os donos desta casa não se interessam por arte, por isso retiraram tudo de casa menos os quadros. – Acrescentou o Miguel que se mantivera calado, até então - De qualquer modo, é estranho, pois ainda que os não quisessem, poderiam vendê-los e fariam uma fortuna.

Leia este tema completo a partir de 20/8/2012