BANHOS DE MAR NOS VELHOS TEMPOS - Por Lina Vedes
BANHOS DE MAR NOS VELHOS TEMPOS - Por Lina Vedes
Adorava a praia...
Levava o dia inteiro metida na água...
Não sei como aprendi a nadar, aconteceu... nadar não direi, mas sim aguentar-me a boiar e esbracejar na água, sem técnica nem ritmo. Toda a aprendizagem foi feita por mim sem qualquer auxílio.
A minha especialidade consistia nos mergulhos de toda a maneira, de costas, de lado, de frente, enrolando... enfim, tudo o que me proporcionasse o prazer de estar na água e em actividade.
O primeiro fato de banho que me lembro respeitava não a moda mas as regras da decência e moral daquele tempo. Era azul escuro, bem descido nas pernas e com uma saia na parte da frente a tentar encobrir vestígios reveladores do que se tinha para esconder.
O peito também ficava bem protegido com a roupa subida, tendo pouca cava e pouco decote. O fato era de tecido e, quando molhado, alargava e levava imenso tempo a secar.
O engraçado, é que aos homens, também eram impostas normas comportamentais, no vestir. Não podiam usar o corpo nu da cintura para cima e eram obrigados ao uso de uma camisola de meia manga ou de alças.
Era uma guerra descarada ao cabo de mar, que vigilante, percorria a praia na expectativa de apanhar algum despido e passar-lhe a multa verbal ou no papel, se o cliente fosse mal educado ou faltasse ao respeito à autoridade.
Então os homens, seres mais espertos só nesse âmbito, do que as mulheres, uniam-se nessa guerra de perseguição à nudez do tronco. Quando avistavam o cabo de mar davam sinal de alerta e todos se vestiam para se despirem após a passagem do perigo.
Leia este tema completo a partir de 24/9/2012
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