BATUQUE MUKONGO - Poema 17 do Livro Batuque Mukongo de Manuel Fragata de Morais
BATUQUE MUKONGO - Poema 17 do Livro Batuque Mukongo de Manuel Fragata de Morais
Chegada a hora parti
do verde Cazengo
subi os morros do futuro
já longe do meu quarto onde as manhãs
suplicavam nos dentes do meu avô
e reconstruíam o viveiro dos pássaros
as casas toscas dos macacos
o cantarolar de minha mãe
sobrepondo-se ao longínquo ruído
das máquinas do café junto ao secador
onde os meus pés
eram repasto das matacanhas
almoço dos mauindo
jantar das ovitakaia
naquela doce dor do coça-coça
que só acabava com o perfurar do saco
pela agulha mestra na mão de minha mãe
da lavadeira
ou qualquer outra mais velha
que me xingava
com longos muxoxos
a cheirar a tabaco
filho do branco com matacanh’ééé
não tem vergonha não tem vergonh’ééé
o mona yá mundele
não tem matacanha uevu
não podia ser africano
Leia este tema completo a partir de 25 de Fevereiro carregando aqui.
Inscrivez-vous au blog
Soyez prévenu par email des prochaines mises à jour
Rejoignez les 17 autres membres