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Hematofagia - Por Roberto Kusiak

 

Hematofagia - Por Roberto Kusiak

 

I - Hábito de alimentação daqueles animais que chupam sangue de outros animais. Representa uma forma especializada de ectoparasitismo. Hematófago: do grego Haima (de haimatos): «sangue» e Phagein: «comer». Destacam-se no rol dos parasitas, ou hematófagos, os pernilongos, piolhos, pulgas, carrapatos, sanguessugas, barbeiros, borboletas e morcegos das espécies Diaemus youngii, Desmodus rotundus e Diphylla ecaudata, conhecidos como vampiros, encontrados apenas na América Latina e no Sul do México.

 

A palavra Vampiro (do Sérvio: Vampir), surgiu por volta do século XVIII (também constante nos idiomas tcheco, russo, búlgaro e húngaro). De acordo com as lendas Eslováquias e Húngaras, a alma de um suicida deixava seu sepulcro à noite para atacar os humanos, retornando como morcego, antes do sol nascer. Ainda de acordo com as lendas, suas vítimas também se tornavam vampiros. Assírios e Babilônios também contam sobre criaturas que sugavam sangue de humanos e animais de grande porte. Outros mitos pregam que as pessoas excomungadas, tornam-se vampiros, até que os sacramentos da Igreja os libertem. Crianças não batizadas, e o sétimo filho de um sétimo filho também se tornariam vampiros.

 

II - Vilson chega atrasado ao escritório de contabilidade, estava mal humorado, pois a noite passada não tinha sido das melhores. Senta-se na cadeira estofada e abre o jornal do dia. A manchete chamava a atenção: «Corpo de jovem é encontrado em um banhado, às margens do rio Caí, no terreno onde será implantada a Estação de Tratamento de Efluentes da Prefeitura Municipal. Segundo a polícia, a vítima, uma jovem aparentando vinte anos, pode ter sido morta em outro local. Um detalhe chamou a atenção dos policiais, duas perfurações no pescoço e marcas pelo corpo nu da jovem, parecendo picada de insetos. Fato estranho e ainda inexplicável, segundo o inspetor Valter, foi a presença de algumas sanguessugas mortas próximo ao corpo. O IML removeu o corpo foi removido para a casa morte».

 

Vilson larga o jornal em cima da mesa e acende um cigarro, olha para o telefone e hesita. Desiste, ligaria mais tarde, de um orelhão para não deixar rastros.
- Bom dia Senhor Vilson.
- Vilson, apenas Vilson. Já falei um zilhão de vezes.
- E o costume. Aqui estão os contratos da empreiteira. Eles querem que façamos milagre. Já trago seu café.

 

Vilson não responde, apenas observa cada detalhe do corpo de Verônica que se afasta como uma cobra sinuosa, serpenteando entre os móveis do escritório. Jovem, bonita, solteira e perfumada. Verônica tem, sob o ponto de vista de Vilson, tudo o que toda mulher deveria ter, ou pelo menos, tudo aquilo que todo homem gostaria, literalmente, de lamber, cheirar, morder, amassar com as mãos. Cada curva, cada poro, cada pelo loiro, coxas, bunda, peito, e que peito, lábios.

 

Leia este tema completo a partir de 04/04/2011

 

 

 



01/04/2011
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