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Jornal Raizonline nº 119 de 9 de Maio de 2011 - COLUNA UM - Daniel Teixeira - O Poema da minha filha

Jornal Raizonline nº 119 de 9 de Maio de 2011 - COLUNA UM - Daniel Teixeira - O Poema da minha filha

Levei algum tempo, desde o dia 19 de Março (Dia do Pai) mais precisamente, a pensar se deveria ou não publicar o poema que se segue. Na verdade, digo muitas vezes que se existisse um mundo onde a minha invisibilidade fosse possível acho que passaria nesse mundo uma parte substancial do meu tempo. Publicar este poema, excelente na forma - sobre o seu conteúdo cada um dirá de sua justiça (eu gosto!) - contraria esse meu desejo de pelo menos periódica invisibilidade, mas também me pergunto até que ponto é justo que eu o mantenha para mim mesmo.

Sou, essencialmente um homem de família e mesmo quando o não consegui ser  por razões que me ultrapassaram acabei por o ser sempre mesmo que parcialmente e na medida das possibilidades: não se trata de um auto-elogio mas sim de fazer reparar na penosa constatação da realidade que se vive um pouco por todo o mundo; os laços familiares afectivos de uma forma bem geral praticamente estão no museu ao lado da roca de fiar.

O futuro, sem recomposição desses lados afectivos é cada vez mais incerto quanto à qualidade dos valores morais e éticos e sem ser tradicionalista acho que esses mesmo valores não estão a ser substituídos por outros que mais alto que eles se levantem. Antes pelo contrário...

Devemos criticar aquelas pessoas que colocaram os seus parentes em Lares apenas porque «não tinham condições» para os ter em casa e que devido ao facto de ser mais «rentável» tê-los em casa os foram e vão buscar de regresso? O facto de terem de pagar nalguns casos o remanescente entre as comparticipações estatais e sociais criou repentinamente essas condições que antes não tinham? Valha-nos Deus...ou pelo menos os princípios humanos que todos deveríamos ter  e que fizeram durante tantos anos o cimento que manteve (ainda que com problemas graves) o cimento da sociedade HUMANA.

Há razões que poderiam explicar tudo isto: a sociedade humana foi alterada na sua formação de uma maneira demasiado rápida, o êxodo rural foi praticamente uma forçada deslocação maciça de gentes que foram confrontadas com outros valores de um dia para outro e tiveram de passar a conviver e viver com eles e a lutar com eles.

A sociedade urbana, por si, tem também os seus valores bons, mas por vezes o que fazer perante autênticas invasões pacíficas só na forma mas agressivas pelas suas características e quantidades? Não há verdadeiramente quem pense ou quem saiba pensar ou quem consiga pensar...as comunidades rurais são excelentes fornecedores de mão de obra (diziam os industriais) ... e de outras matérias primas.

Leia este tema completo a partir de 09/05/2011



06/05/2011
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