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A Qualidade de Ser Mãe - Por Eugénio de Sá

 

A Qualidade de Ser Mãe - Por Eugénio de Sá


 
 
Ao vir falar-vos nas mães dos nossos dias penso, por exemplo, numa mãe européia, que ensina ao filho o que é a Torre Eifel, quem foi Napoleão, Luis Pasteur, Charles Beaudelaire, Lord Byron, Shakespeare...
Mas que talvez omita o que significou e significa o muro de Berlim, Hitler, Auschevitz, Staline, o Gulag...
Ou evoco uma mãe centro - africana, de seios tristes e chupados, vendo o filho famélico morrer à míngua, sem que valha, sequer, a pena preveni-lo dos perigos do ébola da aids, da lepra, que lavram por todo o continente.
 
Ou contar-lhe da gananciosa exploração dos recursos naturais e humanos que os mais ricos praticam com os mais pobres, causa maior da sua desventura.
Não posso esquecer-me das mães de Israel, que, após sessenta anos de independência do país que David Ben Gurion sonhou, têm de continuar a ensinar os seus filhos a protegerem-se, em caso de ataque nuclear ou químico. Só porque vizinhos fanáticos - cujas próprias mães os incitam ao terror e à morte, e recebem, por isso, favores - teimam em querer riscá-los do mapa.
 
Ou lembro ainda uma mãe norte americana, contando ao filho as maravilhas dos inventores, que fizeram da grande nação a superpotência que ainda é; Alexander Bell, Thomas Edison, Albert Einstein, Henri Ford, os heróicos soldados do Dia D, da Coréia, das vítimas de Pearl Harbor e do 11 de Setembro...
Mas que, certamente, deixará por explicar a recusa da assinatura do acordo de Kioto, e o que se passou em Hiroshima, no Vietnam, e ainda hoje se passa no Iraque e em Guantanamo...

Leia este tema completo a partir de 09/05/2011

 



06/05/2011
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