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Sobre o cultivo da palavra - Reflexão de Michel Crayon

 

Sobre o cultivo da palavra - Reflexão de Michel Crayon

Este é um dos textos mais monótonos que alguma vez escrevi e para quem se questione como sei eu que este é um dos textos mais monótonos que alguma vez escrevi devo responder que sei isso porque o meditei todo, mais palavra menos palavra, há poucos minutos enquanto tomava o pequeno almoço: algumas bolachas e café com leite, para alimentar a saciedade dos mais curiosos.

Poderemos sempre perguntar-nos porque é que eu tomo um pequeno almoço que segundo os parâmetros, mesmo os continentais, é um pequeno almoço frugal, até excessivamente frugal segundo me dizem e que para estar a tomar um pequeno almoço destes, também segundo me dizem, mais valia estar sossegado e passar directamente à refeição seguinte.

Pois bem - e esta parte já não faz parte do meditado antes e que virá a seguir - eu sempre fui uma pessoa de pouca comida de manhã, aliás de manhã é quase tudo aos poucochinhos para mim, e tudo se assemelha ao bochecho do lavar dos dentes, ao fraco dispêndio calórico com que faço tudo até à hora da bica. O esforço que consumo está numa proporção directa com o volume do frugal ou mesmo miserável pequeno almoço que tomo.

E é a partir da bica que a minha acelerada vida, um pouco mais acelerada vida - não exageremos - começa. Aqui caberia bem uma anedota sobre alentejanos mas não posso perder de vista o objectivo deste texto já reflectido sob risco de esgotar o espaço para introdução de texto que a moderna forma de leitura me permite. Nem pouco nem muito, porque o pessoal não está muito virado para leituras de testamentos velhos ou novos nem de Lusíadas de assentada.
A propósito acho que a tinta usada para o Camões escrever era tinta roubada. Só assim se compreende que um poeta a passar fome tenha feito tal calhamaço, ainda por cima com parte do escrito feito com tinta à prova de água...

Pois bem, mas antes de ir ao reflectido tenho de descrever de uma forma mais clara o que é a minha vida de manhã e isto porque não quero que os meus queridos leitores achem que eu faço tudo em pequenino: salvo os bochechos do lavar dos dentes, limitados pelo espaço entre dentes e pelo normalmente pequeno volume do interior de uma boca normal, o resto é abundante, tal como a água do duche ou mesmo o sabão para a barba, mas lento, lento, numa exploração exaustiva da minha condição de sulista. Chego a levar uma hora a despachar-me e nunca tive grandes problemas com isso.

Leia este tema completo a partir de 09/05/2011

 



07/05/2011
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