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Recordar o Raizonline - Trabalhos de números de arquivo - Análise da Poesia de Francisco Arcos - Por Daniel Teixeira - Texto inicialmente publicado no número 19, 1º número  de Maio de 2009 (link)

 

Recordar o Raizonline - Trabalhos de números de arquivo - Análise da Poesia de Francisco Arcos - Por Daniel Teixeira - Texto inicialmente publicado no número 19, 1º número  de Maio de 2009

 

 

A poesia de Francisco Arcos, um pouco à semelhança do que acontece com outros poetas existencialistas ou tidos como existencialistas por beberem na temática filosófica e psicológica do existencialismo, não é uma poesia fácil de ser lida e compreendida.

 

E é um risco que o poeta corre, pois, como diz Torquato Neto em «Pessoal intransferível», com aquele à vontade verbal que o caracteriza:

«Escute, meu chapa: um poeta não se faz com versos. Tem o risco, é estar sempre a perigo sem medo, é inventar o perigo e estar sempre recriando dificuldades pelo menos maiores, é destruir a linguagem e explodir com ela. Nada no bolso e nas mãos. Sabendo: perigoso, divino, maravilhoso.

Poetar é simples, como dois e dois são quatro sei que a vida vale a pena etc. Difícil é não correr com os versos debaixo do braço. Difícil é não cortar o cabelo quando a barra pesa. Difícil, para quem não é poeta, é não trair a sua poesia, que, pensando bem, não é nada, se você está sempre pronto a temer tudo; menos o ridículo de declamar versinhos sorridentes mestre-de-cerimónias, «herdeiro» da poesia dos que levaram a coisa até o fim e continuaram levando, graças a Deus.

 

E fique sabendo: quem não se arrisca não pode berrar. (...) ». 14/09/71 3ª Feira.
Trata-se da imperiosidade de berrar (fazer diferente ou de dada forma não comum), de sobressair do corrente ( mesmo que se utilize uma forma de poetar corrente – neste caso de Francisco Arcos o soneto ) pois por muito que o existencialismo pregue a liberdade o existencialista está de facto não só condenado a ser livre mas está também condenado imperativamente a manifestar essa mesma liberdade, ou seja, o seu eu.

 

E não se trata de uma afirmação simples ou de um tímido solfejar, é preciso que a poesia / liberdade se ouça ou faça todos os esforços para ser ouvida para que surta efeito a afirmação da liberdade filosófica e poética, como o afirma o próprio Francisco Arcos logo no seu Poema introdutório:

 

Leia este tema completo a partir de 04/07/2011

 

 



03/07/2011
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