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Caderno Raizonline Alcácer Quibir - II - Alcácer Quibir foi há 434 anos - A Questão africana: a preparação

Nos primeiros anos da década de setenta da época de Quinhentos, os rumores de uma fantástica vitória de D. João da Austria ecoavam dentro de seu espírito, e quando o cardeal Alexandrino, enviado da Santa Sé, vem propor uma cruzada contra os Turcos, D. Sebastião rapidamente aceita. Chegou a equacionar uma estratégia que não passaria disso mesmo.

D. Sebastião afirma uma obsessão pela guerra e pela conquista. Equacionou o Oriente, mas foi impedido devido a uma tempestade ocorrida no rio Tejo, que lhe teria afundado e dispersado a frota. A Africa surgia a seus olhos, muito provavelmente como a sua maior conquista. E a Africa lhe seria fatal.

A primeira campanha viria a atestar essa obsessão real; com o intuito de combater ou apenas inspeccionar, D. Sebastião embarca secretamente para Africa, a partir de Cascais. Deixou convocada uma mobilização geral no reino. Depois de uma paragem em Ceuta, dirigiu-se para Tânger e aí demonstrou mais uma vez o que o povoava: a peleja, a conquista, a vitória.

Havia deixado um documento régio que designava como legal regente o seu tio Cardeal D. Henrique. Mesmo o seu Mestre Luís G. Câmara o advertiu e pediu para largar essa insensata expedição, principalmente pelo seu estado de solteiro. Intimado pela sua avó bem como por inúmeros pedidos de quem lhe era mais próximo. D. Sebastião regressa por reconhecer a impossibilidade de conquistar Larache ou Arzila e por não ter encontrado motivos para combater.

Mas o seu regresso trouxe com ele a forte e persistente ideia de regressar a Africa.
 
No ano de 1557, morria o seu mestre Luís Gonçalves da Câmara e o rei sentiu a sua morte.

Leia este tema completo a partir de 6/8/2012