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Cavalo, porque não? - Por Leocardo - Blogue Bairro do Oriente

 

Cavalo, porque não? - Por Leocardo - Blogue Bairro do Oriente

 

A Europa, ou pelo menos parte dela, está em pânico por causa do escândalo da carne de cavalo. Já abordei o tema no passado dia 11, altura em que foi descoberta a fraude na lasanha da Findus.

Como não há fumo sem fogo, foi detectada carne de cavalo noutros produtos que eram vendidos ao consumidor como sendo carne de vaca.

 

Não surpreende: alguém acredita que carne que entra na lasanha é diferente da que entra nas almôndegas, nos hamburgueres ou no empadão de carne congelados? é aquilo que se designa por «all-purpose meat», ou «carne para todos os fins». E é um pouco como acontece nos restaurantes indianos ou chineses: basta mudar o acompanhamento e o tempero.

 

Sinceramente não vejo como isto possa ser visto como um problema de saúde pública. Fraude sim, claro, o consumidor tem direito a adquirir aquilo por que paga, e ninguém deve ser obrigado a comer um tipo de carne pela qual não optaria em circunstâncias normais.

 

Em suma, os autores desta brincadeira devem ser responsabilizados por uma fraude que se reveste com contornos de criminalidade organizada. E é óbvio que a ideia de substituir carne de vaca por outra inferior, neste caso de cavalo, foi de obter lucro por meios desonestos.

 

Mas daí ao pânico generalizado e ao medo de comer carne de cavalo vai uma grande distância – ninguém deve temer a carne de cavalo. Não é menos saudável que a carne de vaca ou de porco, e não é intragável. Longe disso.

 

Estive em Cantão em finais de 1999 num restaurante dos arredores onde a especialidade era carne de burro. Para ilustrar bem o que me esperava, estavam mesmo dois simpáticos burrinhos à porta do restaurante, possivelmente alheios ao facto de que se candidatavam a servir de almoço e jantar no dia seguinte.

 

O restaurante assemelhava-se a um prédio semi-acabado, completamente em pedra, composto por dois andares. No térreo, onde estavam «estacionados» os tais burros, existiriam duas ou três mesas em frente a um bar improvisado, onde além do balcão existia apenas uma arca que acomodava as bebidas.

 

 

Leia este tema completo a partir de 4 de Março carregando aqui.

 

 

 

 



01/03/2013
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