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COLUNA de Arlete Deretti Fernandes - Crónicas:Trágico, ou Cômico?; O 14 BIS NÃO DECOLOU

 

 

COLUNA de Arlete Deretti Fernandes - Crónicas:Trágico, ou Cômico?; O 14 BIS NÃO DECOLOU

 

 

Trágico, ou Cômico?

 

Foi num 24 de junho, Dia de São João.
A Direção, a Equipe Docente, a Associação de Pais e Professores do tradicional Colégio Estadual, arregaçou as mangas oferecendo o melhor de si.
As barracas de lona estavam armadas, todas firmes. Algumas no pátio interno e outras ao lado da escola. Muitas guloseimas ali seriam vendidas, típicas de Festas Juninas, como bolo de fubá, bijajica, cocada, pé de moleque, pinhão cozido, pipoca e um quentão caprichado, não muito forte. Tinha também um animado arrasta-pé.

 

A fogueira, muito alta, fora armada durante a semana, com lenha doada pela Prefeitura Municipal. Os alunos, no palco do salão nobre, prepararam-se para apresentar danças folclóricas como Quadrilha, Pau de Fita e A Dança do Cacumbi.

O Colégio era grande e de boa qualidade. Tinha ótimos docentes e alunos desde o Pré-escolar, Primário com Escola de Aplicação, Ginásio, Magistério e Contabilidade. Era uma equipe muito boa e dinâmica.

 

A Festa junina era tradicional, com objetivo de angariar fundos para o educandário, pois o governo estadual pagava os docentes e a comunidade conservava o prédio e outras despesas.
Neste ano o inverno chegou com todo o rigor. O vento gelado doía quando batia nas orelhas descobertas e nas mãos sem luvas. Cabelos voejavam, o vento uivava em redemoinho.

 

 

O 14 BIS NÃO DECOLOU
 

A cidade portuária tem ruas amplas e bem traçadas.
Antigos casarões testemunham um tempo onde se realizavam grandes festas, encontros de políticos e de pessoas famosas.

 

A igreja católica fora construída sobre um elevado aterro, o que lhe deu uma maior imponência ainda do que as altas torres dos templos costumam ter. E avistada lá de longe onde passam os pescadores, os navios, os surfistas e os banhistas.

 

No momento de construir a escola, a família que era dona de todas as terras e que explorava o porto carbonífero, morava mais no Rio de Janeiro, onde desenvolvia suas atividades sociais, trouxe de lá um arquiteto de fama internacional, no auge da carreira.

 

Quando chegou à cidade, foi convidado a hospedar-se na residência oficial dos diretores da Empresa. Os móveis do casarão eram todos em jacarandá e imbuia. A sala de jantar tinha uma bela lareira, candelabros, armários com pratarias, cristais e finas porcelanas chinesas todas gravadas com as iniciais das organizações empresariais.

 

A mesa dava um espetáculo com seu tamanho, a branca toalha de linho toda bordada em crivo e suas vinte e quatro cadeiras entalhadas por italianos que moravam na região e que trouxeram sua arte da Itália.

 

Todos os mármores do casarão vieram de Carrara e os cristais da Bavária. Os tapetes persas espalhavam-se por toda a casa. O veludo do cortinado grená das janelas, descia pelas paredes.

Depois do almoço o arquiteto conversou com a família, falou de seus projetos no Brasil e no exterior, até que decidiram olhar o terreno onde seria construída a escola.

 

Olhando para o nível onde se encontrava a igreja, decidiu que a escola ficaria bem naquela perspectiva. E projetou-a no modelo do 14 Bis, o prédio ficaria espetacular.

 

Leia este tema completo a partir de 20/06/2011

 

 



19/06/2011
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