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COLUNA UM - Daniel Teixeira - A importância de se fazer parte do universo da Lusofonia.

 

 

 

COLUNA UM - Daniel Teixeira - A importância de se fazer parte do universo da Lusofonia.

 

Em primeiro lugar queria esclarecer que não gosto mesmo nada do termo lusofonia quando entendida no contexto quase evangélico que normalmente se lhe atribui. Já disse também algumas vezes (por escrito e por falado na rádio) que os lusos são os lusitanos, residentes na província da Lusitânia, assim denominada pelos Romanos. Por isso acho este termo duplamente infeliz ou triplamente, mesmo que me caia o Carmo e a Trindade em cima...

De um lado, ser-se luso não é ser-se luso no sentido natural do termo: os Romanos quando fizeram o mapa e distribuíram criteriosamente (no seu critério) as denominações que entenderam para a Gália e outros territórios estavam a regular-se pela sua terminologia e pela sua percepção das coisas.

 

Eram muito cultos e sabedores, os Romanos, é um facto e perante tal sapiência os povos curvam-se ainda hoje, embora de quando em vez se perguntem se não estarão a estender essa sua deferência ao senhor Berlusconni. Bem, certo parece ser que ninguém foi sondado nem nesses tempos nem noutros sobre a justeza de tal aplicação verbal.  Se tivessem perguntado ao Viriato, que vivia nos Montes Hermínios e onde fez a vida negra aos invasores romanos, segundo rezam as lendas, se tivessem perguntado se ele, Viriato, era Lusitano, ele teria certamente respondido negativamente ou teria simplesmente perguntado em bom português: «que raio de coisa é essa!?» supondo que na altura não havia ainda o conhecido calão começado por m...

 

Pois bem se em vez de luso se entender português temos a ligação terminológica que nos liga a este torrão de terra desde o Condado Portucalense, depois Portucale e etc. Assim o que se deve entender, no meu modesto entender, é que o universo da língua portuguesa é um universo linguístico, mesmo que atrás dele tenha uma multitude de conotações, todas elas com sabor territorial ou sabor a conquista, sabor a império e etc...mas, pelo menos é uma coisa na qual participámos, quer dizer, onde nós portugueses andámos. Para o melhor e para o pior estamos aqui, respondemos pelos nossos actos, não nos escondemos sob a capa de uma província romana. Sobre a tal de Lusitânia só tenho más recordações históricas e sobretudo uma grande vontade de esquecer que se fizeram e se gastaram recursos e dinheiros públicos para encontrar o tal de lusitano matriz. Caramba...tenham dó...

 

Leia este tema completo a partir de 18/04/2011

 



18/04/2011
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