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Comentário Complementar a «A Laranja Mecânica (A Clockwork Orange) do livro de Anthony Burgess ao filme de Stanley Kubric - Texto e organização de Daniel Teixeira - Laranja Mecânica - Anthony Burgess - Título do original: A Clockwork Orange

 

Comentário Complementar a «A Laranja Mecânica (A Clockwork Orange) do livro de  Anthony Burgess ao filme de Stanley Kubric - Texto e organização de Daniel Teixeira - Laranja Mecânica - Anthony Burgess - Título do original: A Clockwork Orange

 

 

Conforme foi dito no anterior texto a análise sobre este filme e suas peculiaridades não se esgotou  nos dois textos anteriores: ver referência à necessidade de um complemento ao texto então escrito aqui .

 

Na verdade o filme «Laranja Mecânica» é um filme, e parte de um livro, extremamente violento. Escrito em 1962 por Anthony Burgess será sempre de ter presente o contexto social em que ele foi escrito e quais as razões que motivaram Burgess a fazer uma obra tão violenta numa sociedade que pela aparência era considerada pacata.

 

No entanto há que ter em consideração dois factores que muitas vezes não são lembrados: os tumultos (palavra um pouco simpática) de 1958 sobretudo em Notting Hill, Londres, Inglaterra com os ainda hoje lembrados «Teddy Boys»  e as exigência de uma Grã Bretanha branca que apontam números de detidos 140 (72 brancos e 36 negros) sendo igualmente apontados entre 400, 500 e/ou 700 ou 5.000 ou mais intervenientes em confrontos entre si e com a polícia.

 

 Sejam quais forem os números reais das pessoas envolvidas parece claro que foram os primeiros tumultos que meteram gangs organizados, uma motivação orientada pelo que se define hoje como «ódio» e que tiveram na Grã Bretanha uma motivação eminentemente racista: antes, em 1939 perseguiram-se alemães e foram igualmente tumultos importantes, mas terá de se apelidar estes tumultos de chauvinistas.

 

Entretanto Burgess refere que a sua obra tem algo de auto-biográfico na medida em que uma sua na altura ex-mulher foi violada e que a sua obra tem muito a ver com essa lamentável experiência. Como resumo desta parte, que considero importante e merecedora de esclarecimento, embora o livro e o filme tenham sido recebidos com frieza e mesmo proibida a sua exibição nalguns países, trata-se, e estamos a falar do escritor agora, de uma obra possível inserida num universo ficcional igualmente possível.

 

Quanto a Stanley Kubric é um Realizador (já falecido) com um longo curriculum sendo os seus filmes mais referenciados o 2001 Odisseia no Espaço e a Laranja Mecânica. Há outros filmes importantes, ganhadores de óscares e e outros prémios mas não vamos alongar muito mais esta referência porque o aspecto que eu gostaria de focar, independentemente de Kubric ter tido um papel decisivo na escolha ou não é o facto da banda sonora do filme ser extraída da 9ª Sinfonia de Beethoven e muito nomeadamente o seu 4º andamento que inclui um poema de Schiller intitulado Hino à Alegria ou Ode à Alegria.

 

 

Leia este tema completo a partir de 20/8/2012

 

 

 

 



17/08/2012
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