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CORONEL FABRICIANO - 062 - Coelho - BENEDITO FRANCO

 

CORONEL FABRICIANO - 062 - Coelho - BENEDITO FRANCO
 
Tatiana construía sua casa. Um dos operários falou para os meninos:
- Nossa, essa sua casa está muito bonita! Por quanto vocês me vendiam ela?
- Um real!... Não!... Dois reais!- disse o Luis Filipe, quatro anos.
- Mil reais! Falou o João Pedro – seis anos.
Luis Filipe correu para o pai e perguntou:
- Pai, qual o número que vale muito?

- Mãe, quando a gente sobe lá pro céu, o avião não pega a gente não?
- Não, meu filho.
- E lá, tem praia?
- Não, meu filho.
- E se a gente pedir a Jesus, ele faz uma praia lá?
- Pode ser...

Conversa do João Pedro com a mãe.

062 - Coelho


Numa época de fáceis empregos na região, difícil arranjar bons empregados. Por indicação, empreguei o Coelho. Calmo, mole mesmo, sempre desconfiado e nunca disposto a prestar ajuda a alguém. Tinha qualidade: muito honesto e satisfeito com o que ganhava, e não se esforçava por ganhar mais: - Sô Bené, tô muito contente com o Salário Mínimo. Dá pra viver bem e não precisa ser mais.

Favor?... Pra ninguém - recomendação expressa, desde pequeno, vinda da mãe: «- Não ajuda a ninguém, meu fio!». Fui à sua casa, pois falecera um seu irmão. Vi quatro pés carregados de pimenta malagueta vermelhinhas da silva.

- Coelho, amanhã vou cozinhar uma carne. Poderia me arranjar quatro pimentas malaguetas, uma de cada pé.

- Sô Bené, num pode não. Mamãe ia raiá comigo... e dispois, num tem tanta assim não. É pra mamãe colocá na carne dela... Ela faiz uns quatro litro e pode fartá.

O horário, sagrado, não abria mão nem para mais e nem para menos - para menos nem tanto. Mudei seu horário - passou a vir meia hora depois de aberta a loja.

O Roberto, que deveria ajudar abrir a loja, não apareceu, mas apareceram muitos clientes no primeiro momento. Um dos clientes precisava de um saco de cimento e necessitaria de um empregado para colocá-lo no carro. Olhando para os lados da rua para ver se o Roberto chegava, avistei o Coelho sentado em um banco na praça ao lado. Chamei-o uma, duas, três vezes. Fez ouvido de mercador. Na quarta ele não mais estava... desaparecera.

 

Leia este tema completo a partir de 13/06/2011



11/06/2011
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