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CORONEL FABRICIANO - 093 - Igarapé-Mirim - BENEDITO FRANCO

CORONEL FABRICIANO - 093 - Igarapé-Mirim - BENEDITO FRANCO
 
Os netos aos cinco anos:
**** - Mãe, todo dia eu vejo a lua lá em cima no céu. Por que qui ela não cai?- falou o João Pedro.
**** Após o pai abastecer o carro em um posto de gasolina, dentro do carro, muito sério, Luis Filipe olha para o céu e pergunta:
- Pai, porque que a lua anda, anda, anda e não acaba a gasolina?
**** - Mãe, a gente pudia ganhar uma caixa de bombom todo dia!
- Só mesmo Jesus para atender seu pedido, Luis Filipe.
Luis Filipe foi ao quarto e daí a pouco veio com um bilhete:
«LUIS FILIPE
JESUS EU QUERO TODO DIA UMA CACHA DE BONBON. JESUS FASA QUE OS DIAS PASAO RAPIDO.»
Tem até ponto final!


093 - Igarapé-Mirim


Fomos nós, Tatiana, Fernanda e eu, para o Aeroporto de Confins, perto de BH, MG. Embarcamos para Belém, rumo a Igarapé Mirim.

Em Belém, PA, assaltou-nos um taxista. Chamei dois PMs e me disseram nada poder fazer - pareceu-me um conluio. No Hotel, um bom hotel, chegamos cansados, fomos dormir e não conseguimos - havia uma música constante no conjunto de som do apartamento. Falamos com a telefonista e ela, depois de esperarmos demoradamente, enviou um técnico, que virou e revirou tudo, foi-se, deixando-nos com aquele castigo chinês. Pedi para mudar de apartamento, mas disseram ser possível, se se pagasse outra diária - os bons hotéis de hoje são de grupos multinacionais e agem como querem - naquele tempo nada de Procon - o Procon foi uma das causas da derrubada do Collor... contrariou muita gente grande!

No porto de Belém, superlotado, pegamos um barco que nos deixou noutro, onde entramos em um ônibus lotado - fui em pé até Igarapé-mirim. Como o povo pobre sofre. Um companheiro de viagem, também em pé, vinha de Carajás - na época área do ouro! – seus penduricalhos deveriam ter pelo menos uns dois quilos de ouro em jóias – brinquei com ele.

Em Igarapé Mirim hospedamo-nos na casa paroquial, onde o Geraldo meu irmão era vigário. Logo na chegada convidaram-nos para almoçar na casa do homem mais rico do lugar - exportava madeira e naquele ano exportara 2.600.000 m3; dono de barcos que andavam quase toda a região amazônica; pegava vários barcos e, por alguns dos grandes rios afluentes do Rio Amazonas, ia subindo e comprando madeira durante o percurso – chegavam até mesmo no Peru; na descida colhia o comprado, formando conjuntos de até dois quilômetros de toras, quase sempre de madeira de lei.

Em Igarapé Mirim as areias são brancas, alvas mesmo, e na região não há pedra; quem nunca saiu de lá só conhece pedra olhando as bases da igreja e da prefeitura. Para se fazer uma laje, usam-se cacos de telhas velhas e, interessante, quando a laje é concluída, soltam-se foguetes - é uma festa!

 

Leia este tema completo a partir de 13/06/2011

 

 

 



11/06/2011
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