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Crónicas e ficções soltas - Alcoutim - Recordações XXIX - Por Daniel Teixeira - As campanhas

 

Crónicas e ficções soltas - Alcoutim - Recordações XXIX - Por Daniel Teixeira - As campanhas
 
Campanha do Trigo

 

O Estado Português lançou a Campanha do Trigo, em 1929, para incentivar o cultivo do trigo, através da atribuição de uma série de regalias a quem o cultivasse.
 Esta Campanha consistiu em demonstrações técnicas de uso de adubos, assistência de agricultores e escolha de sementes.

 A Campanha do Trigo tinha como objectivos: alargar as áreas destinadas ao cultivo de cereais; possibilitar o aumento da produção; contribuir para a auto-suficiência alimentar.
 Embora se tenha conseguido aumentos da produção e até excedentes, no ano de 1932, a Campanha do Trigo foi responsável pela acentuada erosão de muitos solos.

 Esta campanha levou a um intenso aproveitamento agrícola dos terrenos pobres. Abandonou-se quase por completo o tradicional sistema de rotação de culturas, deixando de se cumprir os prazos mínimos de pousio. Isto provocou um esgotamento dos solos.
 
http://campanhadotrigo.blogspot.pt/2009/02/campanha-do-trigo.html

 

Quando escrevo estas minhas crónicas fico por vezes a pensar que se não fosse o prazer que me dá recordar tempos que para mim foram bons nem valeria a pena estar com isso que seria então um trabalho.
 
Falo aqui do trabalho naquele sentido em que eu, e o Marx, já agora, para não ficar sozinho entende (mos) o trabalho como algo pelo menos pouco agradável, que custa e que se realiza na sua esmagadora maioria por força da remuneração que se recebe em troca.
 
O Marx, e não só, há dezenas senão centenas de teóricos e não teóricos mais conhecidos ou menos conhecidos que sabem perfeitamente que hoje já não se trabalha de borla, por aquilo que poderia chamar-se amor à arte, senão a nível da carolice. E mesmo esta tem por vezes algumas compensações que não sendo desde logo monetarizáveis o são contudo no sentido da auto-premiação. Têm valor, em suma, que o próprio «carola» arrecada para sua satisfação ou reforço do seu prestígio pessoal real ou imaginado.
 
Ou seja e para ir mais directo ao assunto eu mesmo quando escrevo estas crónicas não sinto que esteja a contribuir para um reforço de qualquer coisa: exercito a memória, certo, fico com mais umas folhas preenchidas nos meus cadernos e recebo de quando em vez um ou outro comentário sobretudo elogioso, porque contra aquilo que escrevo nunca ninguém se pronunciou.
 
E tenho falado por vezes de forma não muito politicamente correcta de algumas coisas: sobre a figueira da índia, por exemplo, disse que não estava de acordo em que se explorassem as capacidades curativas da planta e sim que se fizesse um apanhado das suas capacidades como produto «grosso», quer dizer, tenho talvez infelizmente alguma experiência sobre a efemeridade das coisas que não têm substância suficiente por baixo em seu apoio.

 

Leia este tema completo a partir de 28/5/2012

 



27/05/2012
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