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Crónicas «Ver e Sentir» - Por Cristina Maia Caetano - (LXVIII)

Crónicas «Ver e Sentir» - Por Cristina Maia Caetano - (LXVIII)

Era um jovem especial, muito inteligente e criativo. Gostava muito do seu mestre que não excitava em procurar, sempre que um determinado tema aprofundar queria. De cabeça bem erguida, corpo direito, depressa junto ao seu destino se encontrou. Diante de si, a tão conhecida portinhola de madeira, com o seu puxador de ferro, ruidosamente aos seus meticulosos toques rangeu – Tum! Tum! Tum!
- Entra, meu filho!

O jovem sorriu. Sabia bem, que o seu mestre tinha a certeza que dele próprio se tratava. Cuidadosamente descalçou-se, colocou de forma alinhada os seus chinelos à soleira da porta, e finalmente entrou. Num recanto da sala, numa pequena almofada, sentando em posição de lótus, já o seu mestre por ele esperava

- Senta-te meu filho. Profundamente respira. Depois, qual a duvida de hoje diz-me.

Docemente, de olhos fechados, o jovem especial, inspirava e expirava calmamente o ar. Sabia que tinha todo o tempo do mundo. Sabia que o momento tinha de apreciar. E como bem o estava a experienciar. Finalmente olhou para o seu bem amado mestre, murmurando – A mente!

- Hum! E o que saber sobre ela queres?

- Cientificamente sei que a mente está apelidada como intelecto; espírito; inteligência; alma; memória, entendimento e intuição até. Mas, o que não se diz sobre ela, como resulta, como...

Calmamente o mestre iniciou as suas sábias explicações – A mente resulta de vidas passadas e não apenas do factor hereditariedade. Por outro lado, desde a concepção no feto que a mente é consciente, sendo mesmo na realidade no útero materno, o primeiro e verdadeiro momento de consciência que a mente tem. Mas a mente também é conceptual e...

- Conceptual?

- Sim, que é quando a mente vê um objecto e o selecciona e, isto já foi testado cientificamente. Na verdade, existe um tipo de mente que permite a verdade relativa e outro tipo de mente que compreende e distingue a verdade última tal como ela é, sem sujeita ao intelecto estar.

- E quanto aos neurónios, como é que eles actuam?

- Lembra-te sempre meu filho, que os mesmos neurónios podem actuar entusiasticamente pela felicidade dos outros e, igualmente no desconforto de outros.

- Então, quer isso dizer que a mente pode ter um papel importante na felicidade e sofrimento de cada um de nós?

- Isso mesmo meu filho estás quase lá! Repara que uma mente destorcida, indubitavelmente conduz ao sofrimento. Já uma mente válida, certamente conduz à felicidade.

- Nesse caso, a ira, pode ser considerada uma distorção da mente?

 

Leia este tema completo a partir de 16/05/2011



14/05/2011
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