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Daniel Camacho - Poesia - Voz; Salgadas como as ondas do mar

 

Daniel Camacho - Poesia - Voz; Salgadas como as ondas do mar

 

 

Voz

 

 Quando ousas soltar a concavidade do teu sopro
e te inspiras na leve ternura de teu clamor,
desvendas secretos murmúrios privados da dor.
Quando o intimo aperto suplica pela tua voz
de soprano nocturno, de velhos hábitos que giram
em torno de um dos anéis de Saturno,
vulcanizas violetas sem corpo,
ofuscas as pautas, as notas situadas
duas oitavas abaixo do ritmo que escalas,
num fuso que acompanho quando sinto a eloquente
presença da tua aragem, como se sentisse a maresia

 

Salgadas como as ondas do mar

 

 Salgadas como as ondas do mar,
são cáusticas as tuas faces
feitas de magenta e purpurina,
são invulgares os recintos vazios
que suplicam por um sopro,
ou um arrepio, um rosto
que desate o semblante fechado
da rotina dos dias e das noites.
Salgados como as lágrimas,
são neutros os teus olhos
feitos de queixumes voláteis,
são estranhos os golpes ásperos
que batem na aguda trincheira,
cheia de corpos de madeira,
de copos de meia asa e conchas
de espadas ácidas e rasas.
A amargura das palavras
confia demasiado na tua mente,

 

 

Leia este tema completo a partir de 13/8/2012

 

 

 

 

 



11/08/2012
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