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Eduardo Ferreira Moura - As Primeiras Pererecas

 

Eduardo Ferreira Moura - As Primeiras Pererecas

 

Desde muito cedo descobri que Física pode ser frustrante, principalmente quando funciona. Em todas as farmácias e padarias, e nunca entendi porque exatamente nesses estabelecimentos, haviam máquinas em que depositávamos moedas de vinte e cinco centavos, e após girarmos uma manivela faziam nada.

 

Uma manivela, veja só, acho que os filhos do Século XXI não sabem o que é isso. Então era necessário chamar o balconista, que depois de uns tabefes na máquina, normalmente vermelha e com uma redoma de vidro, te entregava umas bolinhas incríveis.

 

Chamávamos de bolinha pula pula ou simplesmente perereca. Algumas máquinas também cuspiam chiclete, o que inevitavelmente me compelia a colocar as pererecas na boca para ter certeza do que acabara de comprar.
 
Foram dezenas as pererecas que tive antes dos dez anos, a maioria obtida através do dinheiro roubado do pires do buda que decorava a sala de estar da vovó. Pererecas absolutamente incríveis, de padrões caleidoscópicos e que pulavam indefinidamente em matéria de trajetória e intensidade.

 

Tinham o diâmetro perfeito para interromper a glote dos menos afortunados ou rolarem por debaixo das solas desavisadas.

 

 

Leia este tema completo a partir de 1/10/2012

 

 

 

 



28/09/2012
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