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Enio - Por Marcelo Pirajá Sguassábia

 

Enio - Por Marcelo Pirajá Sguassábia 

 

Arrimo de família, o Enio luta com dificuldade de dar pena. Esfola-se, o pobre, pra conseguir levar pra casa um quilo de acém ou de fraldinha de quando em quando pra misturar com a farofa.

 

Mas nem sempre foi assim. Tempo houve em que o Enio era notório esbanjador em questões monetárias. Era a época das vacas gordas, no funcionalismo público. E funcionalismo público, pelo menos naquele em que o Enio «funcionava», sabe como é: querendo ou não, o sujeito vai sendo atingido por promoções ao longo do tempo.

 

Basta que não roube, não pegue dinheiro em troca de favores ou não dê vazão aos apelos da carne no ambiente da repartição. Eram os três únicos senões, mas ao terceiro o Enio não resistiu - foi pego em escancarada bolinação com uma colega de trabalho, na mesa do superior imediato.

 

E é bom que se diga que Enio é apelido, ganho junto aos companheiros de bar. Antes da sem-vergonhice fatídica, foram 20 anos de ênios e mais ênios no histórico de bons serviços do camarada.

 

Explica-se: num período de 10 anos, por exemplo, desde que não tenha faltas injustificadas, o servidor empossado na mesma autarquia de Tarcísio Carlos (o verdadeiro nome do Enio) fará jus a um decênio, incorporado regular e vitaliciamente ao salário.

 

Leia este tema completo a partir de 27/8/2012

 

 

 

 



26/08/2012
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