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Entrevista com Júlio Silvão na cidade da Praia - Cabo Verde

 

Entrevista com Júlio Silvão na cidade da Praia - Cabo Verde
 

Nota Prévia: Aproveitando a minha estadia na cidade da Praia em Cabo Verde, para o lançamento do nosso livro conjunto, Olhares de Saudade, João Furtado, conselheiro do Jornal Raizonline para Africa e meu grande amigo e parceiro de escrita, sugeriu-me entrevistar Júlio Silvão, premiado realizador cinematográfico e documentarista, a quem me tinha acabado de apresentar pessoalmente, e de quem já conhecia alguns factos sobre a sua vida e carreira, pela entrevista concedida ao Jornal Raizonline, que pode ser vista carregando aqui.
 
Arlete Piedade
 
ENTREVISTA
 
AP.:- A seu ver, o que seria necessário, para fazer entender ás pessoas que decidem e fazem as leis, a importância do cinema na vida do país e da sociedade?
 
JS.: - Olhe há um ditado que diz: - A água mole, tanto bate em pedra dura, até que fura! Nós que estamos no cinema e no áudio - visual é isso que temos que fazer! Temos que bater, bater, bater, bater, até quando tomarem consciência! É isso que temos que fazer. Agora há uma luz no fundo do túnel que é uma informação que recebi recentemente de que já há financiamento para o Banco da Cultura. Um banco que foi criado sem fundo e que o ano de 2013, vai ser um ano recheado de financiamento, vamos a ver.
 
AP.: - E esse banco da cultura, também compreende o cinema a par de outras áreas?
 
JS.: - Claro! Toda a área cultural. Uma grande iniciativa, muito louvável, mas do meu ponto de vista, os trâmites do surgimento do banco da cultura, não foi o mais correcto. Mas depois de ano e meio da sua criação já há uma luz que diz que durante o próximo ano já haverá financiamentos para a área da cultura. Resta saber quais as regras, vamos esperar para ver.
 
AP.:- Quer falar-nos agora um pouco dos últimos trabalhos que realizou e como se enquadram no contexto da história recente do seu país?
 
JS.: - Nós realizámos um documentário sobre a cidade da Praia, do ponto de vista de ocupação do espaço, porque é uma cidade que cresceu desordenadamente e que costumamos chamá-la de Cidade Cinzenta, por causa das casas inacabadas.

 

Uma cidade com muitos becos, e isso pode prejudicar a questão respeitante á segurança e ao saneamento também. Uma cidade mal amada e bem amada, ás vezes boa mãe, e má madrasta e vice-versa. Tudo do ponto de vista da ocupação do espaço.
 
Fizemos este documentário através de personagens, desta cidade, de profissões, gerações e ideologias diferentes. Temos uma cidade não politizada, mas partidarizada, e ás vezes isso pode levar as pessoas a fazerem uma análise não realista, para não entrar em desacordo com a cor do seu partido.

 

Leia este tema completo a partir de 27/8/2012

 

 

 

 

 



24/08/2012
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