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EPISTOLAS PAULIANAS‏ - Por prof. João Paulo Oliveira - CONVERSANDO COM O ALFERES JOAQUIM JOSE DA SILVA XAVIER (1746-1792)

 

EPISTOLAS PAULIANAS‏ - Por prof. João Paulo Oliveira - CONVERSANDO COM O ALFERES JOAQUIM JOSE DA SILVA XAVIER (1746-1792)
 

Diadema, minha amada cidade, 21 de abril de 2011.

 

Nobilíssimo Senhor Joaquim José da Silva Xavier!

 

Atrevo-me a interromper seu eterno flanar pelas intermináveis alamedas olimpianas, esperando que esta epístola não o encontre entediado depois de 219 anos nos domínios de Dionísio.
Sempre tive grande apreço pelo Senhor, por conta do papel preponderante que desempenhou na condição de sedicioso, por não tolerar a odiosa derrama, que deixava nossos ascendentes exauridos, no tempo que vivíamos sob a égide da Coroa Portuguesa com certeza, que tinha como escopo a cobiça e a extração das nossas riquezas naturais e pouco se importava com o modo de vida e bem estar dos desamparados e combalidos colonizados.

 

O motivo para escrever-lhe justamente no dia em curso é porque esta data é Feriado Nacional na República Federativa do Brasil, tendo em vista que lembramos aquele fatídico dia do ano da era comum de 1792, quando Dionísio veio buscá-lo de supetão, porque a Dona Maria I (a louca), então rainha do reino distante além-mar e suas colônias, ordenou sua execução por enforcamento, sem nenhuma compaixão, e para afronta mor seus despojos mortais foram esquartejados.

Nunca me esqueço o que aprendi no antigo curso primário, onde me foi inculcado que seus descendentes foram considerados infames até a 5º geração e sua modesta propriedade coberta de sal (que desperdício...).

Na contemporaneidade historiadores questionam a versão oficial, onde o Senhor era considerado um «pé-rapado», porque vieram à baila documentos que atestam sua condição de endinheirado. Aliás, falando em versões, que aparecem neste meu tempo de vivência, tem uma que afirma que o Senhor não foi executado [sic]...

Bem, somente o Senhor e mais ninguém sabe realmente o que de fato aconteceu, bem com sua real condição de vida, e como ainda não descobriram uma forma de comunicação entre os olimpianos e os mortais, a não ser em sonhos, prefiro ficar com a versão da ordem sumária da Dona Maria I, (a louca)...

Por ironia do destino o neto da Dona Maria I, (a desvairada), o então garboso e promíscuo príncipe Dom Pedro, proclamou a Independência do Brasil, às margens do córrego do Ipiranga, instaurando a partir de 7 de setembro de 1822 a monarquia (que deleite!!!!), que durou (que pena...) até 15 de novembro de 1889, quando a monarquia foi destituída com o Regime Republicano.

Aproveito o ensejo para pedir-lhe a gentileza em responder-me em sonhos:
- o Senhor, no seu tempo de vivência, já falava fluentemente a língua de Camões ou preferia a língua geral?!...
- como era exercer seu nobre ofício ao ter ciência que os torturados, digo, pacientes sentiam dores lancinantes com a extração de dentes?!...
- como era viver num meio social onde a maioria dos seus contemporâneos era inculta?!...
- como era viver sob a égide da Coroa Portuguesa com certeza?!...
- do que consistia seus momentos de lazer?!...
- como era viver sob os rígidos costumes da Igreja Católica Apostólica Romana (que horror...)?!...

Não pretendo versar mais amiúde sobre minha contemporaneidade, todavia lhe digo que temos um «conforto» inimaginável quando estava entre nós, que é lançarmos para muito longe das nossas moradas nossos dejetos por canos onde a água os escoa com fluidez e em sua maioria são tratados em locais apropriados, mas causamos danos ambientais, que colocam em risco nossa sobrevivência...

 

 

Leia este tema completo a partir de 04/07/2011

 

 

 



02/07/2011
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