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Estação Paradiso - Por Marcelo Pirajá Sguassábia

 

Estação Paradiso - Por Marcelo Pirajá Sguassábia

 

 

 Abre com lua e estrela, a pleno brilho em lugar qualquer. Clima de épico bíblico. Cena 2: panorâmica nos trilhos da linha azul do metrô. O filme dentro do filme dentro do filme.

Metrô é espaço de passagem e não de saudosismo, destrói sem dó pessoas, memórias e o que restar de humano na meia dúzia de desolados a esperar na plataforma. Ninguém «é» estando ali, fica-se provisoriamente.

 

Centenas de cópias piratas de DVD do monumento de Tornattore, prontas para serem esmagadas pelo próximo trem. Do jeito que fazem quando a Polícia Federal apreende contêineres de ray-bans falsificados. Travelling lento. Slow.

 

Fusão para mim, dizendo em off algum lamento indecifrável. Uma cópia de cinquenta centavos do Cinema Paradiso não deixa de ser uma irônica continuidade dele. A banalização da permanência, diria o crítico com ar blasé ajeitando os óculos.

 

A saga das películas salvas e guardadas, as âncoras enferrujadas na conversa dos dois na praia, o ancião cego ordenando que o menino vá embora da aldeia e não olhe para trás.

A ferrugem da âncora, metáfora. Totó morreu do coração após aquele choro todo vendo as cenas de beijos censuradas pelo padre - imprevisto que não constava no roteiro.

 

Leia este tema completo a partir de 7/5/2012

 



06/05/2012
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