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Festas Juninas ou Santos Populares – Origens e tradições - Texto de Arlete Piedade

 

Festas Juninas ou Santos Populares – Origens e tradições - Texto de Arlete Piedade
 

Em Portugal quando chega o mês de Junho, têm lugar as Festas dos Santos Populares, que são três: - Santo António no dia 12 de Junho, São João no dia 23 de Junho e São Pedro a 29, a fechar o mês e encerrar os festejos.

Embora sejam comemorados em todo o país, é em Lisboa que Santo António é mais festejado, pois é a cidade natal de Fernando de Bulhões, que veio a ser conhecido como Santo António, e que veio a falecer em Pádua na Itália, cidade onde também viveu e que igualmente o considera seu.

A propósito da vida deste santo, com fama de casamenteiro, poderão escutar no player abaixo, a entrevista concedida ao nosso jornal e rádio, pelo Professor Dr. João Coelho dos Santos, historiador, autor teatral e poeta.
 
São João é tradicionalmente festejado ao norte de Portugal, em especial na cidade do Porto, embora em muitas cidades e vilas deste país, se festeje também São João.
São Pedro fecha com chave de ouro, estes festejos e o mês de Junho, ou não fosse ele, o porteiro do Céu e o guardador das chaves.

Mas estas festas, têm também no Brasil, a máxima expressão com as Festas Juninas, sendo no Nordeste que atingem a sua máxima expressão, rivalizando entre si as cidades, para oferecerem aos forasteiros a festa mais famosa e que chame mais turistas para aumentar as riquezas e fama das cidades e estados.
    

Em Portugal, e em Lisboa, festeja-se nos bairros típicos de Lisboa, com as fogueiras, que são saltadas, pelas pessoas que a isso se atrevem, come-se sardinhas assadas ou carnes grelhadas, acompanhadas de saladas, pão saloio e vinho, ou cerveja.
Há várias tradições associadas geralmente ao facto de Santo António ser considerado o santo casamenteiro, como oferecer vasos com manjerico onde se junta uma quadra popular dedicada aos namorados, ou alcachofras que são chamuscadas na fogueira e se deixam ao relento para ver se voltam a florir. Se isso acontecer é sinal de amor.

 

Também na noite de Santo António, cada bairro típico apresenta a sua marcha, baseada nas tradições e costumes de cada bairro, e todas juntas desfilam em competição na Avenida da Liberdade, a principal avenida de Lisboa, ganhando a que consegue melhor classificação.
 

Há cerca de 50 anos, começaram também os Casamentos de Santo António, onde os casais de namorados sem posses para pagar o casamento, concorrem e a Câmara de Lisboa, paga a boda e empresas patrocinadoras, oferecem as roupas e a lua de mel, entre outros presentes aos noivos. Estes desfilam também já casados, em conjunto com as marchas.

No Porto o que tem mais relevância nos festejos de São João, além das fogueiras e das comidas típicas, são os martelinhos e os alhos porros, com que as pessoas batem na cabeça umas das outras.

No Brasil as Festas Juninas, que foram levadas pelos portugueses, são festejos mais elaborados, onde toda a diversidade cultural dos povos que emigraram para o Brasil, se conjugaram para incorporar outros elementos que enriquecem estas tradições.

 

A parte central continua a ser a fogueira de São João, que as pessoas saltam, e também o mastro que é erguido, e que em Portugal também existia na minha infância, pois me recordo de o erguerem na aldeia. Em seguida era confecionada uma boneca com o corpo enchido com areia e bombas escondidas dentro da mesma, e era vestida com roupas coloridas de papel. O mastro era erguido com a boneca no alto, e á volta era armada a fogueira, com matos aromáticos. Quando era ateada a mesma, subia pelo mastro e queimava a boneca, fazendo explodir as bombas. Só depois de tudo ardido, é que as pessoas saltavam á fogueira.

 

Leia este tema completo a partir de 20/06/2011



19/06/2011
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