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História de amor - Conto de Humberto Teixeira

 Hoje vou contar uma história de amor, de um amor daqueles grandes que pouco se encontram já, um amor quase à antiga, passado com gente desta época (2006 para ser mais preciso) gente que atravessou outras épocas para chegar a esta e que se foi adaptando ao correr dos tempos de uma forma pelo menos diferente do normal mas extraordinariamente eficaz.

Há, como toda a gente sabe (normalmente depois de lhe perguntarem porque antes da pergunta nem sequer se pensa nisso tão evidente parece ser depois a resposta) várias formas de adaptação ao viver que vai correndo, às novas formas de mentalidade, às novas tecnologias, às novas formas de relacionamento inter-pessoal, etc.

Cada caso é um caso, diz-se, e bem - a meu ver - mas quando se pensa que «cada caso é um caso» raramente se pensa na possibilidade de cada caso ser um caso muito diferente da generalidade dos casos. Esta nossa mente é extraordinariamente matreira e aceita a ideia de cada caso é um caso diferente, como se de um a priori se tratasse, porque encaixa a diferença dentro do possível, do logicamente aceitável, dentro daquele leque de diferença que se considera comum, normal, em suma.

Afirmemos que «cada caso é um caso» colocando por exemplo em jogo, na diferenciação, um toxicodependente, uma prostituta, um assaltante e veremos imediatamente que nestes casos «cada caso» deixa de ser um caso para passar a ser não um caso mas uma coisa que não se inclui dentro dos casos em que cada caso é um caso.

Para experimentar, até porque as histórias que eu conto têm sempre um fito educativo subjacente ou evidente, coloquemos por exemplo no jogo da diferenciação um sábio precoce ou serôdio, um técnico de conhecimento exemplar, um mestre em qualquer ciência (mesmo oculta) e depressa chegaremos à conclusão que estes casos também deixam de ser um caso, cada um deles e se elevam acima (ao contrário do exemplo acima onde se rebaixam) dos casos que inserimos no conceito de que «cada caso é um caso».

Leia este tema completo a partir de 12/3/2012