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Histórias da vida real. Por Martim Afonso Fernandes - MARCHA DA LEGALIDADE - Final de agosto de 1961

Após a renúncia de um débil Presidente da República, o Brasil começa o aquecimento para um Golpe Militar, que veio a acontecer em 31 de março de 1964.

Com o apoio de vários partidos políticos e a liderança de Leonel Brizola, governador do Rio Grande do Sul, foi formado um grupo para realizar a Marcha da Legalidade no país, a fim de evitar um golpe e permitir que o Vice João Goulart assumisse o cargo de Presidente, após a renúncia de Jânio Quadros.

Jânio, renunciou por escrito em 25 de agosto de 1961. Foi aí que as Forças Armadas começaram a se preparar para guarnecer os pontos estratégicos, evitando assim a invasão em Brasília.

Na orla marítima, o porta-aviões Belo Horizonte, batizado pelos críticos como «Belo Antônio», formando uma pequena esquadra com corveta e destroiers guarnecia a Costa Sul catarinense, tendo como alvo principal o Porto de Barra Livre de Imbituba, SC. Mais de sessenta militares do corpo de fuzileiros navais da marinha de guerra brasileira, especialistas em defesa de costas de área portuária e contra ataques, encontravam-se hospedados ou acampados em um hotel que ficava com vistas para a praia, podendo assim acompanhar qualquer movimento e observar o que viesse do mar para invadir as praias .

Na varanda do hotel as metralhadoras estavam instaladas em posição de contra-ataque, já prevenidas, se preciso fosse. Observei-as e vi que eram armas de longo alcance, de modelo ponto cinqüenta ou talvez mais potentes.

Eram 20.30 h quando um grupo conversador de mais ou menos 15 fuzileiros, sentavam-se no muro do hotel, alegres, mas atentos, eles mesmos não acreditavam em ataques ou invasões pela costa . Nesta época, estava em fase de construção a BR-101, rodovia esta que cruza o Brasil de sul a norte, tendo acampamento e escritório na cidade de Imbituba, devido aos recursos que esta localidade apresentava.

Leia este tema completo a partir de 30/7/2012