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JORNADA CREPUSCULAR - POR: DR. MARIO MATTA E SILVA - Habitação degradada abre feridas sociais

 

JORNADA CREPUSCULAR - POR: DR. MARIO MATTA E SILVA - Habitação degradada abre feridas sociais
 

Ao prosseguir nesta jornada vou deparando, aqui e além, mas infelizmente por muitos locais dispersos pelo País fora, com bairros degradados, onde se acumulam, em desordem, casas frágeis, cobertas de zinco, com cartão e madeiras, onde entram as intempéries, se junta o lamaçal, e se amontoa o lixo, o sujo ou se dispõem aos focos mais evidentes de doenças de toda a ordem.

 

Sei bem que estes bairros não existem só em Portugal, mas por cá é que nos toca a nós todos, evidenciando uma sociedade de desigualdades extremas, de incúrias gritantes, no que respeita a uma habitação condigna que todos deveriam possuir. Quando os seus habitantes se envolvem em escaramuças, quando há desacatos, desmandos, violência, armas, droga, rusgas policiais, então lá vimos pelos ecrãs da televisão imagens de horror, evidenciando a desastrosa e pouco saudável forma de vida, em especial de habitabilidade. Uma verdadeira luta pela sobrevivência! Uma pobreza não só material mas de espírito.

 

As jornadas crepusculares que percorro, levam-me hoje a falar de bairros degradados ilegais, e por isso, constituídos por habitações não licenciadas, quase sempre construídas sem um mínimo de estudos, quer no que respeita ao ambiente quer de saúde, muitas das vezes sem rede de esgotos, sem água potável, sem eletricidade etc.
 
Quando me lembro das favelas penduradas naqueles morros do Brasil, assusto-me só de pensar como aquilo tudo desaba assim que vem tempo de chuvas, não resistindo às enxurradas. Foi assim no Chile e entre nós, mais recentemente, na Madeira. Afinal a que se deve tão gritante realidade dos bairros degradados?

 

Temo-los por muitos lados desde os tempos mais remotos, passando pela Monarquia, pela primeira República, pelo Estado Novo e pelo pós 25 de Abril de 1974. Muitos deles foram sendo, nos últimos anos, demolidos, quase sempre por força da construção de circulares, radiais e estradas novas, viadutos ou pontes, indo porém integrar-se noutros bairros ilegais, engrossando-os e tornando-os mais populosos e caóticos.

 

 

Leia este tema completo a partir de 20/8/2012

 

 

 

 



18/08/2012
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