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Jornal Raizonline nº 124 de 13 de Junho de 2011 - COLUNA UM - Daniel Teixeira - Falta de ideias

 

Jornal Raizonline nº 124 de 13 de Junho de 2011 - COLUNA UM - Daniel Teixeira - Falta de ideias

 

Já aqui há uns tempos - largos - fiz uma referência ao facto de eu ter de fazer uma coluna semanal poder nalguns casos ser um trabalho difícil. Referi-me na altura a um conceituado jornalista que aconselhava os seus colegas em «bloqueio» a entrarem na política e nos políticos porque sobre política e políticos havia sempre algo a dizer.

Infelizmente não vejo o caso dessa maneira, quer dizer, os políticos e a política fazem parte das minhas derradeiras preocupações numa linha de escala: quer dizer, os políticos que temos hoje e a política que se faz hoje já ultrapassaram há muito o final da minha régua de escolhas opinativas. Estão fora, estão para além, vogam num mundo que não me diz absolutamente nada  porque também não tem nada para me dizer.

No fundo, muito no fundo, eu acho que a ela, a política, sempre foi feita assim, desta forma distanciada das populações, das opiniões das pessoas, dos seus verdadeiros anseios e necessidades. O que aparece eventualmente de coincidente com estas expectativas das pessoas ou é um golpe de sorte ou uma oportuna «gorjeta».

O grau de abstracção que este pessoal atingiu raia nalguns casos a paranóia pura e simples e afirmar-se que se estão a ver as coisas em conjunto ou por grupos interligados não é nada mais do que uma forma de dizer que não se está a ver nada afirmando o contrário.

Portugal está uma desgraça em termos económicos e financeiros, e a banca, por exemplo, que surpreendentemente foi considerada como uma fonte lucrativa lá onde não havia actividade económica que o justificasse está confessadamente hoje pelas ruas da amargura, na sua grande maioria está quase insolvente, recebe notações negativas de agências de rating e ainda há pouco tempo distribuía e afirmava lucros praticamente estrondosos.

Disse eu na altura que andavam a trocar dinheiro entre si, como se o lençol fosse elástico, distribuíam prémios e dividendos de arromba, até que se arrombaram mesmo mais do que já estavam.

A crise financeira poderia não ter tido lugar em Portugal, todos sabemos, ou a ter lugar dada a internacionalização dos fundos, poderia ter tido um impacto menos negativo. Arranjar culpado agora é fácil... é o sistema.

 

Leia este tema completo a partir de 13/06/2011

 

 



13/06/2011
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