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Jornal Raizonline nº 128 de 11 de Julho de 2011 - COLUNA UM - Daniel Teixeira - Férias e o nosso mundo parado

 

 

Jornal Raizonline nº 128 de 11 de Julho de 2011 - COLUNA UM - Daniel Teixeira - Férias e o nosso mundo parado

 

Aqui há uns anos, tentar viver ou fazer férias no mês de Agosto em França era uma ideia que dificilmente entrava na cabeça de alguém que conhecesse o costume francês de tornar praticamente nulo o mês de Agosto em termos de permanência de serviços incluindo aqueles que em principio deveriam receber os turistas.

 

No mês de Agosto não se pagavam as facturas da água, da electricidade, do telefone porque «eles» mesmo mandando o aviso acabavam por repeti-lo no mês de Setembro. Pelo que sei era um dos meses preferidos pelos trabalhadores emigrantes de fábrica, por exemplo, que optando por não passar as férias em Agosto e trocando com o Natal acabavam por ficar a fazer manutenção, pinturas, limpeza de instalações e de máquinas e todo o trabalho quase de forma livre e em meio - férias.

Nas zonas mais simbólicas de Paris a vida que se vivia era sobretudo nocturna ou semi - nocturna e não valia a pena pensar em almoçar sequer pelo que mais valia fazer uma noitada longa. Pão de véspera no quarto, uns sumos e umas caixas de queijo em triângulo eram a salvação de quem tivesse a triste ideia de acordar antes das 15  horas.

Aqui há anos, também, aventurei-me primeiro a ir passar umas semanas em Agosto ao centro do país Portugal e vi-me em dificuldades primeiro para obter pequenos almoços e depois para obter almoços. Optámos por uma residencial de dormida e pequeno almoço mas tínhamos de ir tomar o pequeno almoço a um café «associado» na altura que ficava a quase meia hora de carro do sítio onde dormíamos. Foram mais que muitas as vezes em que almoçámos ou jantámos cachorros quentes: na grande parte dos estabelecimentos viam-se folhas A4 com o «encerrado para férias!».

Alegadamente tinha vindo tudo para o Algarve, ou tinham ido para a sua terra, ou para o estrangeiro (menos França certamente).

Em Lisboa também tive dificuldades quase impensáveis: conseguimos um restaurante de gente muito simpática mas ficávamos sem alternativa próxima aos seus dias de encerramento: eles avisavam logo não ficássemos nós tentados a fazer reserva de marmita.

 

 

Leia este tema completo a partir de 11/07/2011

 

 

 



11/07/2011
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