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Jornal Raizonline nº 163 de 19 de Março de 2012 - COLUNA UM - Daniel Teixeira - Estamos no dia do pai...mas que imagem recebemos e temos dele?

 

Jornal Raizonline nº 163 de 19 de Março de 2012 - COLUNA UM - Daniel Teixeira - Estamos no dia do pai...mas que imagem recebemos e temos dele?

 

O pai, coitado, sempre esteve em termos de referência sentimental num plano inferior ao da mãe.

Não devia ser assim, quer dizer, deveriam os dois ser vistos e falados segundo as suas imagens específicas e na sua complementaridade e não serem vistos,  como geralmente são, em termos comparativos porque não são simplesmente comparáveis.

 

 A nossa sociedade competitiva, até nestas coisas do coração ou dos sentimentos faz concursos e quem chega invariavelmente primeiro à meta é a mãe. Que eu me lembre nunca assisti a nenhuma referência escrita ou falada em que os dois tivessem chegado à dita linha de chegada ex-aequo. 

 

Os soldados, quando vão para as guerras, ou mesmo sem irem para as ditas, tatuam maioritariamente «Amor de Mãe» nos braços ou nas costas, em seguida as namoradas ou esposas...estaticamente isto está comprovado a olho nu.

 

Ora o pai (que eu sou - por isso talvez possa ser considerada suspeita a minha análise) é uma personagem eminentemente discreta na sua actividade de «gerência» familiar: em certo sentido (e que se me perdoe a infeliz comparação) é o Presidente da República, o último recurso, o garante (deveria ser no caso dos presidentes) do bom curso das coisas. Intervém em linha superior, quer dizer, intervém quando se esgotaram ou entraram em crise as potencialidades da gerência maternal.

 

Por estar assim menos presente no dia a dia acontece aquilo que faz parte do ditado popular: quem não aparece esquece...ou neste caso quem apareceu pouco é pouco lembrado. Simplesmente lamentável...

 

 A estrutura familiar, pelo menos aquela que eu herdei era uma estrutura cheia de recursos, ou seja, quando falo de recursos falo de apelos no sentido jurídico. As coisas corriam mal com a mãe, ia-se ao pai e vice versa. Um e outro desempenhavam o seu papel neste jogo: nunca uma criança, jovem ou adulto ficava com a sensação de que o que pretendia era impossível de obter por razões «burocráticas».

 

Leia este tema completo a partir de 19/3/2012

 

 



19/03/2012
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