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Jornal Raizonline nº 172 de 28 de Maio de 2012 - COLUNA UM - Daniel Teixeira - Viver num mundo pobre não é fácil

 

Jornal Raizonline nº 172 de 28 de Maio de 2012 - COLUNA UM - Daniel Teixeira - Viver num mundo pobre não é fácil

 

Aliás é mesmo difícil viver num mundo pobre, por vezes é impossível viver num mundo pobre, por vezes nem se chega a viver num mundo pobre. Há pessoas que mesmo que não sucumbam no acto de nascer acabam por ter uma vida que em rigor não será vida senão largamente no sentido biológico do termo.

 

 Era suposto que as coisas não fossem assim, quer dizer era suposto que todos os seres nascessem livres e iguais. Sabemos que não é assim e nem precisamos ver televisão ou ler jornais. Isso passa-se connosco, nem que seja em menos perceptível medida, somos sempre um pouco discriminados ou mesmo muito discriminados.

 

 A igualdade continuará a ser uma desejo, uma meta praticamente inalcançável num tempo de vida ou mesmo em muitos tempos de vida. As gerações esforçam-se para deixar aos seus descendentes condições melhores do que aquelas que tiveram como regra geral. Hoje não vou contar com as excepções...

 

 Estamos bem melhor do que há centenas de anos, será um facto que é facilmente reconhecido: a esperança de vida aumenta, a mortalidade infantil decresce, as condições de vida de uma forma global são melhores hoje do que seriam há 100 anos, acredita-se e não se está errado.

 

O problema quanto a mim será o de se saber aquilo que não se pode saber dada a exploração da diversidade: estamos melhor quanto? (sem contar com estes indicadores da esperança de vida e da mortalidade infantil). Estamos nós «melhor» a totalidade daquilo que o leque de possibilidades de melhoria tinha como plafond de crescimento? Fez-se o melhor dentro das condições que havia e há?

 

 Certo que 90% (pelo menos) dos nossos leitores sabe, até por experiência própria que não se fez a totalidade do potencial que havia de «fazer melhor». Por isso mesmo se reclama (quando se reclama) e se diz até que esta vida vai de melhor para pior em passo mais ou menos acelerado.

 

 Por isso cada um à sua maneira, seja em Africa seja na China ou na América ou na Europa pode considerar-se pobre. Cada um à sua maneira mas de qualquer forma em princípio nenhum de nós tem a totalidade daquilo que podia e devia ter. Ora a pobreza não é esse limiar (absurdo) que as estatísticas apontam e que até são «limiares» quantitativos abaixo da sobrevivência biológica.

 

Leia este tema completo a partir de 28/5/2012

 



27/05/2012
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