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Jornal Raizonline nº 177 de 2 de Julho de 2012 - COLUNA UM - Daniel Teixeira - Crónica sobre aqueles que acreditam

 

Jornal Raizonline nº 177 de 2 de Julho de 2012 - COLUNA UM - Daniel Teixeira -  Crónica sobre aqueles que acreditam

 

 Ter-se fé, dizer-se que se tem fé, normalmente é conotado com religião, com um sentimento religioso, Uma pena que assim se pense, desde logo, porque ter fé é ter esperança e a esperança é sobretudo do domínio de nós mesmos. A partir daí, quer dizer a partir do momento em que temos fé podemos dar-lhe a roupagem ideológica ou religiosa que entendermos, mas antes disso, antes de vestirmos uma roupagem à nossa Fé precisamos mesmo de a ter já.

 

Claro que existe também um outro tipo de Fé, essa sim de origem externa: é a chamada fé incutida pelas razões A, B ou C. Não queria complicar muito esta crónica semanal mas sinto-me quase sempre tentado a fazer nela reflexões que espero bem que pouca gente leia porque devem ser difíceis de digerir. Eu nem as leio depois de as acabar e, por exemplo, nunca me senti tentado a fazer repescagens das minhas crónicas para republicação como se tem feito por vezes com outros textos  de colaboradores nossos.

 

Pois regressando á fé endógena e à fé exógena há aqui uma diferença que como se entende desde logo não é só de terminologia: uma destas «fés», parte de nós mesmos, é construída ou assumida por nós mesmos e a outra é-nos incutida pelos meios mais diversos.

 

Não quero com isto dizer, esclarecendo, que uma fé seja forçosamente melhor que a outra pelo facto de serem obtidas de forma diferente ou terem génese diferente: quantas vezes não dizemos a nós mesmos que estamos a fazer asneira e que deveríamos ter procurado conselho antes? Com a fé é a mesma coisa. O nosso mundo de metodologias do pensamento é de uma simplicidade extrema: todos os caminhos vão dar a Roma ou aos seus arredores.

 

Ora o que se passa hoje é que provavelmente, e na minha convicção, existe a possibilidade de eu ter criado uma falsa fé, ou pelo menos ter soprado demasiado no balão da minha fé em relação a determinado assunto: a culpa (isto é fatal, tem sempre de haver um ou mais culpados) será de quem? Daquele que acreditou demasiado (eu) ou naqueles outros que não correspondem àquilo que eu mesmo soprei no tal balão?

 

Leia este tema completo a partir de 2/7/2012

 



02/07/2012
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