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Jornal Raizonline nº 183 de 13 de Agosto de 2012 - COLUNA UM - Daniel Teixeira - As minhas memórias mais próximas (IV) - A traviata

 

Jornal Raizonline nº 183 de 13 de Agosto de 2012 - COLUNA UM - Daniel Teixeira - As minhas memórias mais próximas (IV) - A traviata
 

Sem recurso a transcrições das crónicas anteriores, que têm repetido desde há uns números, que o modelo da minha crónica semanal passou a partir dessa data (3 números) a basear-se em factos reais da minha vida ou do meu conhecimento mais imediato e menos generalista, como o foi bastantes vezes, vou começar esta:

Vou relembrar um episódio que não tem relevância nenhuma, na sua generalidade, mas que me surpreendeu tinha eu para aí uns 20/30 anos ou mesmo mais, não me lembro exactamente quando foi mas foi já neste período de descompressão «novo» e entretanto já eclipsado na sua essência, que foi a tal de catarse pós vinte - e - cinco -  abriliana.
 
A Opera para mim sempre foi uma coisa solene de se ver e ouvir: os Concertos Promenade, na altura só se viam em Londres (agora parece que há disso um pouco por todo o lado) e tinham aquela característica quase folclórica no que se refere à assistência e toleravam-se como curiosidade na sua pouca solenidade e excentricidade. Mas ópera, ou música clássica a sério não equivalendo propriamente a uma missa em termos comportamentais era para ser vista e ouvida com o silêncio próprio das circunstâncias, com o objectivo de se absorver o máximo possível do espectáculo.
 
Por outro lado a ópera, ou os concertos de música clássica, ou o bailado mesmo, são espectáculos que incluem uma quantidade grande de pessoas, tanto aqueles que ficam à nossa vista e se nos mostram, como a parte dos bastidores que é muito numerosa: daí mais uma razão para defender a tal de solenidade na audição e visão de uma ópera ou concerto clássico ao vivo; há que respeitar o trabalho de todo aquele pessoal incluindo em primeiro lugar o génio das divas, os maestros, os sopranos e tenores, os solistas, enfim...temos também o cerimonial e os ritos próprios do espectáculo.
 
O Maestro entra, é aplaudido, agradece com vénia, vira-se para a orquestra, levanta a batuta e depois requer-se o silêncio mais absoluto: fazer um Maestro regressar ao camarim se não houver um silêncio absoluto é assim como que uma coisa só vagamente pensável. Por acaso aconteceu nesta Traviata a que assisti...

 

 Leia este tema completo a partir de 13/8/2012

 

 

 

 



13/08/2012
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