Letícia Palmeira - Pequena Resenha Crítica: Livro «Artesã de Ilusórios» - Um Tremendo
Letícia Palmeira - Pequena Resenha Crítica: Livro «Artesã de Ilusórios» - Um Tremendo
Bordado Literário de Letícia Palmeira / Silas Correa Leite
A compreensão não é um saber abstrato.
é um saber em ação.
Paulo de Camargo
Mas, afinal de contas, o que é mesmo que Letícia Palmeira escreve? Como classificar sua
primeira obra, a estréia em alto estilo, de salto alto? Conto, crônica, ficção, prosa em
verso, prosa poética, derramas subjetivos, criações letrais, pirações, qual a classificação
narrativa do exuberante livro «Artesã de Ilusórios», Editora Universitária, UFPB, 2009?
Essa é a questão.
Você começa a ler e, baba baby, fica encantado; acha que está entrando num conto, depois
periga ver é ensaio, quando não começa meio croniqueta e vira conto, ou vice versa, para
não dizer que não falou de flores, ela entra e sai toda prosa de narrativas mirabolantes
que seduzem, cativam, tornam o livro um mosaico de tudo o que ela purga, fermenta, depura;
olhar de artista descrevendo a vida, com paradoxos, entraves, janelas abertas de sua alma
em jorro letral.
Já pensou? Artesã de Ilusórios, é, talvez, mas só talvez, uma heroína insatisfeita
buscando-se a si mesma, auditando valores existenciais, momentos, transgressões, tentando a
autenticidade num mundo perdido, degradado...
A mulher e flor-fêmea no exercício exuberante de toda a sua existencialização enquanto
alma pensante, transbordando, dando corajoso testemunho, quando retrata, recolhe, registra
e diz a que veio. Talvez para pensar a vida em que habita, levita, constrói e resgata
peculiaridades em verso e prosa.
A mulher que não se basta, não se contém, não se enquadra. Somos continuações. Letícia
Palmeira é a liga. Escrevendo ela se dá inteira, questionadora, a consciência -passageira
no viço da vida, buscando a felicidade de participar, enxergar, se inserir inteira na
paleta sensível de seu estar em si. A artesã que escreve é isso.
Artesã de ilusórios tem guardados incontidos, com suas vertentes, feito um rosário de
parágrafos, de palavras bem torneadas. O texto sagrando a lida da vida. Romântica e
crítica. Com seus conceitos e incompreensões que mapeia, entre afetos e circunstancias de
viver e ser.
«O mundo de janelas abertas. São palavras em terno e gravata, grávidas, idosos, infantis,
famintas e libertas. Palavras são a certeza e a visão concreta das dúvidas». (Pg. 21, Afeto
Literário). Essa é a prosa viçosa dela, formada em Letras pela Universidade Federal da
Paraíba.
Leia este tema completo a partir de 2/7/2012
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