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MADAME BOVARY, DE GUSTAVE FLAUBERT - Por Arlete Deretti Fernandes

 

MADAME BOVARY, DE GUSTAVE FLAUBERT - Por Arlete Deretti Fernandes

 

No livro de Italo Calvino, Por Que Ler os Clássicos? (Cia das Letras, 1994),o autor oferece várias definições do que é um clássico. Numa das propostas, cita o seguinte:

«Dizem-se clássicos aqueles livros que constituem uma riqueza para quem os tenha lido e amado; mas constituem uma riqueza não menor para quem se reserva a sorte de lê-los pela primeira vez nas melhores condições para apreciá-los.»

 

Calvino também diz que um livro adquire tal adjetivação quando temos a sensação de que já o conhecemos de tanto ouvirmos a seu respeito, embora se revele inédito quando realizamos nossa própria leitura.

 

Madame Bovary, de Gustave Flaubert (1821-1880), é um clássico da literatura que tem se perpetuado no tempo e se popularizado por meio de edições mais baratas e de ótima qualidade gráfica.

 

A palavra «clássico» pode lembrar-nos a Antiguidade e a herança cultural. Podemos chamar de clássico «o que segue cânones preestabelecidos»; assim como também aquelas obras «cujo valor foi posto à prova pelo tempo».

 

Um clássico é atemporal, pois mesmo datado no mais remoto dos séculos, ainda assim pode transmitir mensagens que através dos tempos ainda condiz com uma realidade social.

 

Muitas obras chegaram ao posto de «clássicas» justamente porque questionaram estruturas, pensamentos e comportamentos de um período. Alguns clássicos podem provocar um desconforto nos leitores; que se justifica pelo caráter polêmico do texto.

 

Ao escrever Madame de Bovary, em meados da década de 1850, Flaubert sequer imaginava que este livro poderia consagrá-lo enquanto autor.

Publicou alguns dos seus textos ainda na juventude – muitos inspirados pelo amor platônico por Elisa Schlesinger, onze anos mais velha e casada – mas com eles não conquistou a notoriedade.

 

Entre suas obras estão Memórias de um Louco (1838), Novembro (1842) e Educação Sentimental (escrita em duas versões: em 1845 e 1869; respectivamente).

 

De acordo com a biografia do autor, as produções de Flaubert sempre foram motivadas por paixões. Por ser um romântico inveterado, expressava seus próprios sentimentos por meio de seus personagens, não fugindo à regra daqueles que também sofriam do «mal do século». Extravasava sua subjetividade ao transferir suas expectativas, anseios e dores para histórias apaixonantes.

 

 Leia este tema completo a partir de 27/8/2012

 

 

 

 



25/08/2012
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