Manuel Gusmão: entrevista sobre «Finisterra. O Trabalho do Fim: reCitar a Origem»
Manuel Gusmão: entrevista sobre «Finisterra. O Trabalho do Fim: reCitar a Origem»
Professor universitário dos mais prestigiados da sua geração, ensaísta, crítico, e ainda, em regime tardio, poeta, dos mais consagrados de hoje: Manuel Gusmão acaba de editar na Angelus Novus um ensaio em que longamente percorre e interroga Finisterra. Paisagem e Povoamento, a obra tardia e maior de Carlos de Oliveira. O livro intitula-se Finisterra. O Trabalho do Fim: reCitar a Origem, e a propósito dela o autor concedeu-nos a entrevista que aqui publicamos (e que é muita pena não vir no final do livro..).
P. Antes de mais, como vê hoje o lugar de Finisterra. Paisagem e Povoamento na literatura portuguesa do século XX? O tempo «fez-lhe justiça» ou ratificou o seu estatuto de «coisa estranha»?
R. Eu creio que o tempo ratificou o seu estatuto de «coisa estranha» e nessa medida «fez-lhe justiça». Entretanto, como há muita gente que se assusta ou não consegue conviver com «coisas estranhas», o tempo não logrou vencer essa inércia e demasiada gente se separa desse «encontro inesperado».
P. Que outros livros coloca a par de Finisterra, na genealogia das Grandes Singularidades da literatura portuguesa dos séculos XX e XXI?
R. O livro, de Cesário Verde; «O Guardador de Rebanhos» e «Poemas Inconjuntos» de Alberto Caeiro, Poemas de Alvaro de Campos e Livro do Desassossego, de Fernando Pessoa; Metamorfoses, de Jorge de Sena; Sobre o lado esquerdo e Pastoral de Carlos de Oliveira; A colher na boca, Húmus e Ofício Cantante: poesia completa, de Herberto Helder; O livro das comunidades, Lisboaleipzig 2: O ensaio de música e O senhor de Herbais, de Maria Gabriela Llansol; Missa in Albis, Irene ou o Contrato Social e Myra, de Maria Velho da Costa; Cancioneiro policial da menina Alzira, de Luís Sousa Costa.
Leia este tema completo a partir de 30/7/2012
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