Mitologia e animais - Porque é que o homem mitificou os animais - Comentado por Afonso Santana
Mitologia e animais - Porque é que o homem mitificou os animais - Comentado por Afonso Santana
A crença segundo a qual o próprio homem pode assumir uma aparência animal, parece remontar igualmente à noite dos tempos. Encontra-se aí a velha saudade do paraíso perdido, dos tempos imaginários em que todas as espécies viviam em paz e falavam entre elas, dessa alvorada da criação em que os «animais eram semelhantes aos homens, e os homens aos animais.»
Todas as metamorfoses eram portanto possíveis e, privilégio especial, reversíveis:
os Antigos acreditavam com efeito, que, a não ser quando atingido uma terrível maldição, o ser humano que se transformava em animal podia sempre voltar à forma anterior.
A metempsicose, em contrapartida, era uma coisa diferente, uma espécie de migração cíclica e eterna. Depois da morte - afirmavam os adeptos desta crença - a alma do defunto transporta-se imediatamente para o corpo de um animal, em seguida para outro, passando assim sucessivamente por todos os organismos vivos, até que, fechado o ciclo, se reencarna num homem novo...mas tão mortal quanto o precedente, de maneira que a longa migração tem de recomeçar.
Assim, poderia haver alguma coisa de humano em todos os animais, por pequena que fosse. E é esta convicção que proíbe aos Indianos, por exemplo, não só comer carne como matar o menor bicharoco, mesmo tratando-se de um odioso mosquito.
Leia este tema completo a partir de 1/8/2011
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