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Não há Feira como a de Castro - Por José Francisco Colaço Guerreiro - Recolhido em Património

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Não há Feira como a de Castro - Por José Francisco Colaço Guerreiro - Recolhido em Património 

 

Não há feira como a de Castro  

Nem lenha como a de azinho  

Não há filhos como os dos padres  

Que ao pai chamam padrinho

 

Perdeu-se o sentido às décimas mas perdurou o mote, enaltecendo, desde egrégios tempos , aquela que é ainda a grande feira do sul , um evento que marcou durante séculos o calendário das gentes campaniças. Mais do que os meses, os acontecimentos festivos agendavam o tempo e a vida ,ditavam os procederes, serviam de azimute para nos localizarmos temporalmente. Era o Ano Bom, depois o Entrudo, a seguir a Páscoa ,não tardavam os Santos e até à Feira de Castro era um pulo.

 

Fazia-se isto ou aquilo, antes ou depois da Feira de Castro. Por esta ocasião, esperada durante meses, tratavam-se de assuntos, vendiam-se gados e produções, compravam-se enxovais e farpelas, renovavam-se as alfaias, abasteciam-se as despensas dos legumes para as comedias, repunham-se nas cozinhas os barros partidos, compravam-se as empreitas, frutos secos, varejas, arcas, cadeiras, bancos , decas, tabuleiros e tábuas de amassar ,vindos de Monchique juntamente com os perinhos que durante meses perfumavam a casa e as gavetas da roupa lavada.

 

Mas isto de feiras e de romarias nunca não se entende bem no presente o que as fez grandes no passado. Porque vingam umas e outras desfalecem ,porque crescem umas e outras minguam. Não se vislumbram agora razões para que a Feira de Castro tenha acrescentado e feito perdurar ao longo dos séculos tanta mística e tanta euforia a pontos de terem determinado não só a sua sobrevivência actual mas, particularmente e de uma forma determinante, a própria importância e o crescimento da vila que de pequeno aglomerado sem peso, passou a burgo com importância no roteiro da economia regional.

 

 

Leia este tema completo a partir de 15 de Julho carregando aqui.

 

 

 



14/07/2013
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