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O ANO EM QUE ZUMBI TOMOU O RIO - de José Eduardo Agualusa - Por Arlete Deretti Fernandes

 

O ANO EM QUE ZUMBI TOMOU O RIO - de José Eduardo Agualusa - Por Arlete Deretti Fernandes 


 
Introdução
 
O Romance contemporâneo foi enriquecido com os livros de José Eduardo Agualusa.

«O ANO EM QUE ZUMBI TOMOU O RIO», remete-nos a uma questão histórica do Brasil no século XVII, o herói Zumbi do Quilombo dos Palmares, que lutou para defender seu povo contra a opressão e a escravidão. Nos dias de hoje, o personagem Jararaca, do mesmo livro, é um herói que luta para defender o povo do Morro da Barriga, favela do Rio de Janeiro.
 
As cenas do livro se alternam, ora no Brasil, ora em Angola. No decorrer da narrativa o autor junta Brasil, Africa e Portugal pelo tronco comum que os une. As vozes narrativas, através de Agualusa, ousam citar temas polêmicos, como questões do tráfico de armas, a situação do negro no Brasil e a violência em «um meio onde pulsa a vida e a paixão».
 
A trama, parte do final, que é igual ao começo, ou seja: «o fim, como se fosse o princípio e o princípio como se fosse o fim».
 
O autor angolano, inicia a narrativa assim:
 
Helicópteros rodopiam no céu, ao longe, agitando as águas mornas da lagoa. Conta-os: quatro...seis...nove. Vê-os acometerem contra o Morro da Barriga, ali mesmo, onde os últimos revoltosos buscaram refúgio. Àquela velocidade estarão sobre eles, a cuspir fogo, em poucos segundos. (Agualusa, 2002), p. 3.
 
Com a leitura e a apreciação desta narrativa verificou-se que o Brasil é visto como uma Nação de Zumbis, paralela a outra concepção, a Nação de Tupis. Portanto, pode-se pensar que Oswald de Andrade, com sua paródia, «Tupy, or not tupy», pode ser substituída pela questão, «Zumbi, or not Zumbi».

 

 Leia este tema completo a partir de 11/6/2012

 



09/06/2012
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