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O Dia do Pão Por Deus - Texto de Arlete Piedade

 

O Dia do Pão Por Deus - Texto de Arlete Piedade

 

Sempre no dia primeiro de Novembro, recordo com alguma nostalgia e saudade, quando menina, na minha aldeia, aguardávamos esta data com ansiedade não isenta de alguma gulodice.

 

Pois que sabíamos que as mulheres da aldeia caprichavam e competiam entre si na confeção das broas feitas com farinhas de trigo e de milho, umas cozidas no forno a lenha e pinceladas com ovo, outras fritas e enroladas em açúcar, cada uma com as receitas especiais guardadas de geração em geração, especialmente para o dia do Pão por Deus.

 

De manhã cedinho, as meninas levantavam-se apressadas, vestiam a sua roupa mais bonita, pegavam o seu saco de pano bordado pela mães e em grupos de duas ou três, começando por uma ponta da aldeia, iam batendo ás portas de todas as casas, pedindo:

 

- Oh tia dá pão por Deus…?

 

A dona da casa, já tinha preparadas as broas, e outros bolos, a que juntavam frutos secos, como nozes, figos, castanhas e também frutas, como romãs e maçãs e ainda rebuçados e dependendo da riqueza da casa, até podiam dar chocolates e dinheiro, sempre divididos por igual pelo grupinho.
 
Em mais quantidade, o que havia com maior fartura, como os figos secos e outros frutos, em menor, os bolos e broas que mais custavam a confecionar como as broas de milho fritas, que nem todas as senhoras sabiam fazer ou não tinham tempo.
 
Também havia aquelas que não queriam ter muito trabalho e compravam bolos e bolachas de diferentes qualidades na mercearia da aldeia para darem ás crianças, mas fosse qual fosse a escolha, todas davam pouco ou muito, consoante as suas possibilidades.

 

 

Leia este tema completo a partir de 5/11/2012

 

 

 

 



03/11/2012
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