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O estado do Cinema em Cabo Verde - Por Júlio Silvão
 

Do meu ponto de vista, o panorama do Cinema em Cabo Verde, hoje, está muito melhor que há dois anos atrás, altura em que dei uma entrevista ao vosso Jornal Raizonline. (Veja aqui a Biografia de Júlio Silvão e a Entrevista)

De 2010 até agora, aconteceram muitas coisas, que trouxeram algo positivo para o cinema em Cabo Verde.

Há mais pessoas a filmarem, principalmente a camada jovem e isso é fundamental e há mais organizações, a preocuparam-se com a formação. Não há no entanto mais disponibilidade financeira para financiamento de projetos, como é óbvio, por causa da crise internacional, que teve o seu reflexo também aqui em Cabo Verde.
 
Eu costumo dizer que nós vivemos em constante crise, por causa do nosso fraco meio económico e a prioridade ainda não é dada ao cinema também como é óbvio, porque há mais prioridades. Há necessidade ainda de se preocupar com as pessoas, com o bem estar e sobrevivência das pessoas.
 
A crise internacional, justifica muita coisa, mas também não justifica muita coisa. A crise em Cabo Verde, justifica muita coisa, mas também não justifica muita coisa. Eu acho que o cinema ainda não é prioridade do governo. Ainda é parente pobre.

Eu acho que os decisores sabem a importância do cinema, para educação de uma sociedade e eu acho que os decisores sabem que o cinema pode também melhorar a situação económica do país. Sabem das vantagens que há de um desenvolvimento do cinema. Mas eu não sei o porquê que ainda é parente pobre. Repare que ainda não temos uma Lei do Cinema.

Eu fiz uma proposta de lei do cinema, que está ainda no início da sua discussão. Isso deveria ser, do meu ponto de vista, uma iniciativa do governo. Trata-se da Lei do Cinema com a participação da sociedade, que funciona com o cinema e o audiovisual.

Leia este tema completo a partir de 27/8/2012