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«O Lacerda» ou «Rumo à Vitória Final» - Texto de José Maria Oliveira com imagem de quadro «Movimento Perpétuo» do autor

- Isto já está a durar demais! Ou eu, ou ele!
 Neste preciso momento, estou em crer que o universo é terrivelmente pequeno para os dois!
 Porra! Estou farto!!!

Em plena idade do ouro apocalíptica, quando todas as forças anti-eros se congeminam para a arrancada final. Que dará início ao princípio do fim do terceiro milénio, ao que tudo leva a crer, quando os quatro cavaleiros do apocalipse formaram a «holding» prevista, com os quatro novos maiores empresários do planeta, com o lixo, o consumo, o ruído e a globalização, quando tudo isto está para acontecer, a uma escala nunca vista, dizíamos, o «Lacerda» teima, Insiste, remorde, intenta, avança, recua, remexe, chateia, empertiga, em não me deixar dormir e em beber -me o sangue! Vai para dez noites consecutivas!

Já tentei tudo, do ligeiro ao pesado, passando por emboscadas, cercos, tácticas de terra queimada, golpes de mão, guerrilha de elástico, armadilhas de fita gomada, xeltox, DDT, ácido sulfúrico, vudu, processos-crime, telefonemas anónimos, cartoons, meditação, notas de imprensa, impostos, promessas eleitorais, meditação transcutânea, tolerância zero, em sei lá, e o f. d. p. não desgruda!

Basta começar a cerrar os olhos e deixar-me embalar nos braços de «morfina» (nunca gostei de Morfeu; prefiro a sósia - não a droga mas a mana), e aí vem ele, qual kamikaze, turbinas ao rubro, no máximo, vomitando decibéis, pronto a ferrar-me pela enésima vez, e a procurar alimentar-se «ad eterno» à custa da minha preciosa hemolinfa (1º colheita, meia encosta, carrascão)!

Leia este tema completo a partir de 6/8/2012