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O Pai Natal volta a atacar - Por Leocardo - Jornal hojemacau

 

O Pai Natal volta a atacar - Por Leocardo - Jornal hojemacau

 

Este é o meu último artigo antes de Natal, devido ao feriado da próxima quinta-feira, e por isso antes de mais nada queria desejar aos leitores deste jornal umas Boas Festas, e um Santo Natal.

Esta é uma época envolvida numa aura de misticismo, o fim de mais um ano, um ciclo que termina. E é como um bloco do notas já todo rabiscado e que se prepara para dar lugar a um novinho em folha, cheia de páginas em branco.

 

Tudo se renova, e a esperança enche os corações, mesmo dos mais cépticos. Também uma oportunidade lucrativa para muito do comércio, pois ao contrário do Natal dos primeiros cristãos, o Menino Jesus rivaliza agora com uma espécie de nemesis: o Pai Natal.

 

O sorridente velhinho de barba que distribui presentes é o eleito da criançada, e de facto é muito mais comercial que um bebé deitado nas palhinhas. Não seria muito credível que o mito fosse baseado num recém-nascido montado num trenó a descer por uma chaminé e distribuir presentes aos meninos que se portaram bem durante o ano. Não é lá muito convencional, e muito menos credível.

 

Eu próprio, e talvez infelizmente, nunca acreditei no Pai Natal. Na minha creche era uma das educadoras (uma mulher, portanto) que se vestia de Pai Natal, e ainda por cima era a mais magrinha. Não se pode dizer que tenham feito um grande esforço para nos estimular a imaginação ou em nos preservar a inocência.

 

Sinto alguma comiseração por aqueles indivíduos que se vestem de Pai Natal nos centros comerciais, que ironicamente tentam fazer alguns cobres a todo o custo, quem sabe para que os seus tenham um Natal mais próspero, ou menos mau.

 

Passam o dia inteiro com um sorriso forçado no rosto, debaixo de uma barba postiça que até deve ser incómoda, a abanar um sino, a dizer «ho ho ho» e a aturar os filhos dos outros. Triste.

 

No entanto respeito essa instituição que é o Pai Natal, que até é inspirado num tal S. Nicolau, um santo grego do século IV que colocava moedas nos sapatinhos, e que é patrono das crianças – e em algumas culturas o patrono dos navegadores, mercadores, arqueiros e até dos ladrões, imaginem.

 

 

Leia este tema completo a partir de 17/12/2012

 

 

 

 

 



14/12/2012
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