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O TRISTE FIM DE POLICARPO QUARESMA - ROMANCE DE LIMA BARRETO - Por Arlete Deretti Fernandes.

 

O TRISTE FIM DE POLICARPO QUARESMA - ROMANCE DE LIMA BARRETO - Por Arlete Deretti Fernandes.

 

Este é um grande romance da Literatura Brasileira. Na época em que os seus livros foram escritos, Lima Barreto teve reconhecimento de um círculo muito pequeno. Foi feito silêncio sobre ele. O reconhecimento veio depois. Em 1940, suas obras, (17), foram publicadas num só volume.

 

Quem foi Lima Barreto

 

Foi assinada em praça pública, em 13 de maio de 1888, no Rio de Janeiro, pela Princesa Isabel, a Abolição dos Escravos, pela Lei Aurea.

Entre as pessoas que comemoravam a Abolição estava um menino mulato que aniversariava no mesmo dia. Era Afonso Henriques Lima Barreto, que segurando na mão de seu pai, admirava aquelas imagens que lhe ficaram impressas na memória: a multidão de negros que aguardava a liberdade, a figura da «Redentora» e os carros do imperador.

 

Muitos anos mais tarde estas lembranças se transformariam em ódio: as desigualdades sociais e ao preconceito racial, a hipocrisia da sociedade republicana. Antipatias que constituiriam o tema da obra que o imortalizaria na literatura nacional.

 

Nascido em 1881, num lar pobre, Lima Barreto, afilhado do Visconde de Ouro Preto, fez o curso secundário no Colégio Dom Pedro II, o mais famoso no Rio, pelo seu nível de ensino. Ingressou na Escola Politécnica mas teve que abandonar o curso de engenharia no 3º ano, em 1903, pela loucura súbita de seu pai e pela falta de recursos.

 

Forçado a empregar-se para sustentar a família, prestou concurso para o Ministério da Guerra. Aprovado, permaneceu até o fim de seus dias, levando vida modesta.

A bebida e a vida boêmia tiveram grande influência em suas obras e levaram-no a diversas crises, com verdadeiras manifestações de alienação mental. Internado quatro vezes, conseguia descrever estas crises com total lucidez.

 

Em 1909, Lima Barreto escreveu seu primeiro livro, Recordações do Escrivão Isaías Caminha. O escritor sempre interessou-se pelos problemas sociais. Pretendia fazer um estudo profundo da História da escravidão no país, mas não teve tempo de alcançar seu objetivo: morreu aos 41 anos de idade, em 1922.

 

Admirador de Karl Marx, defendia de forma apaixonada a Revolução Russa de 1917. Considerado pela crítica como «o escritor da República», Lima Barreto testemunhou sua época, mostrando em seus romances e contos os principais acontecimentos do novo regime.

 

 

Leia este tema completo a partir de 10/9/2012

 

 

 



09/09/2012
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